As Curvas da Canção – Lançamento Exclusivo do Disco do Grupo Boreal

As curvas importam. São necessárias para a beleza, seja em concreto, aço ou vidro. Quando foi descoberto que o espaço também pode ser curvo, tudo ficou mais bonito. Quando a terra plana deu espaço para a curvatura circular, não só nossas impressões se modificaram, ma também a nossa forma de habita-la.

Assim também é com a música. Sons sinuosos exigem curvas sinuosas, a delicadeza exige curvas. O retilíneo sustenta a existência apenas por alguns momentos. Ninguem é capaz de amar uma montanha reta, um rio reto, um espírito reto. Nem mesmo o céu, aparentemente estático e duro, é capaz de suportar tamanha retidão. Por isso as estrelas, também por isso o dia e a noite e por isso a Aurora Boreal.

O grupo formado por Luiza Brina (violão, baixo, composição, arranjos e voz), Pedro Carneiro (violão, baixo, arranjos, composição e voz), Aline Gonçalves (flauta, clarinete, composição e arranjos) e Karina Neves (flauta, composição e arranjos)  sintetiza o que já é síntese. Harmonia perfeita entre luz, vento e cor. Suas músicas, repletas de curvas (e que curvas!), desenham paisagens nada árticas. Praia deserta talvez, ou sussurro invernal vindo da alma da gente, mas nunca pedra de gelo. Dorival erudito, clássico popular, choro gargalhando. Paradoxos que se resolvem na música destes talentosos compositores e instrumentistas.

Vai, abre a janela que já vai começar.

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