Banheiro Feminino: E quando ele chora? Como faz?

Banheiro Feminino: E quando ele chora? Como faz?

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E quando ele chora? Como faz?

Brigas, todos têm. É normal. Ele faz algo que a gente não gosta, nós guardamos. Seguramos até encontrarmos a brecha para explodir – porque indiretas não funcionam bem.

Eis que a briga toma proporções que estão fora do nosso controle e até aquelas coisinhas que te incomodaram em 1920 viram uma avalanche na cabeça do mocinho. Sim, porque ele passa a ser mocinho neste momento – agarrado aos joelhos no cantinho da parede, todo cheio de medo.

A gente fala, fala, grita, chora, fala, fala. Ele fica olhando. Às vezes, tenta dizer algo e ter razão, mas você argumenta em seguida com as palavras ensaiadas tantas vezes para este momento.

Então, você diz algo tão maldoso, que o atinge em cheio. Abre uma ferida que nunca nem imaginou, com as palavras mais amarguradas do mundo. E ele CHORA.

ELE CHORA.

E você está tão acostumada a enxugar as próprias lágrimas, que simplesmente não sabe o que fazer com a água salgada que desce dos olhos dele. Poético, não? Seria, se você tivesse ideia de como lidar com isso.

Esse texto não visa a dar a resposta. Na verdade, venho pedir uma resposta. Desde que tive acesso a essas lágrimas, tenho repensado muito minha forma de lidar com as adversidades de um relacionamento. Tenho olhado mais para mim e para o que de fato vem da realidade, da minha cabeça ou dos meus defeitos. Tenho buscado atacar menos, pensar mais, dialogar mais.

E você? Como faz?

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Carol Tavares é jornalista. Passou pela MTV, pela Bandeirantes e a hiperatividade levou seu caminho a cruzar felizmente com o Jardim Elétrico e criar a produtora Jazz House. Apaixonada por música, pelo amor, por Alberto Caeiro e por seu acampamento no Jalapão.