“Deixa eu bagunçar você?!” pergunta ele, o apoteótico Liniker

"Deixa eu bagunçar você?!" pergunta ele, o apoteótico Liniker

E ele chega bagunçando, causando e, acima de tudo, impressionando pela musicalidade ímpar e pelo visual arrebatador. Lançado em Outubro deste ano pelo selo musical independente Vulkania, o EP “Cru” traz as músicas “Caeu”, “Zero” e “Louise du Brésil” das quais os registros ao vivo em vídeo, publicados na internet em Outubro, já totalizam milhares de visualizações, o que representa a avassaladora aceitação do projeto.

Desde reuniões primárias até o período de produção, o projeto se tornou real em pouco mais de 1 ano. A proposta é fazer a black e a  soulmusic com uma roupagem brasileira, abordando amor, identidade e gênero através da brilhante junção de uma voz sublime, contrabaixo e metal envolventes, guitarra e bateria marcantes. Acompanham Liniker no projeto os virtuosos Guilherme Garboso (bateria), Márcio Bortoloti (trompete/trombone), Rafael Barone (baixo/guitarra), Paulo Costa (baixo), Willian Zaharanszki (guitarra), Bárbara Rosa, Ekena Monteiro e Renata Santos (backings vocal).

Aos (apenas) 20 anos, Liniker já encanta pela voz e pela  presença  de quem tem total domínio e consciência de suas aptidões artísticas, aliás, essas “voz” tomou amplitude através do teatro. Ele vem da dança, sapateado e hoje cursa artes cênicas na Escola Livre de Teatro de Santo André. Além dessas influências nas suas performances, ele traz no seu som a black music, soul, samba rock e “brasileirices”. A proposta, tanto musical quanto performática, também chama bastante atenção pela presente entrega à “gingalidade”, a diversidade, a fuga do convencional.

Quanto à beleza existente na combinação apoteótica de bigode, cavanhaque, maquiagem, brincos e saia, disse ele em entrevista ao site HuffPost Brasil, ser algo orgânico e, apaixonadamente, descreve sua definição de gênero como “a liberdade”. (e que lindo seria se assim fosse para todos!)

Entregue-se ao gingado das canções e à voz aveludada de Liniker –  é um convite ao swingado.

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aspirante a jornalista, curiosa, movida pelos sentidos que a arte produz, menina mulher da pele preta.

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