Lançamento: Silvia Sant’Anna comenta as faixas presentes em seu primeiro EP “Ninho”

Lançamento: Silvia Sant’Anna comenta as faixas presentes em seu primeiro  EP “Ninho”

*Por: Lucas Lanzoni

Já falamos sobre a Silvia Sant’Anna por aqui quando a cantora lançou o primeiro single de seu EP “Ninho”. Agora, alguns meses depois, voltamos para anunciar a estreia da jovem compositora. O debute reúne em seis faixas diversas influências que vão do samba ao folk e conta com parcerias de Antonio Dantas (pandeiro e violão), Danúbio Panjota (saxofone), Felipe Bonel (flauta transversal) e Wesley Pereira (trompete).

Para aproveitar o lançamento do EP, convidamos Silvia para um papo sobre as músicas que compõe esse trabalho. Entre letras endereçadas a amigos, familiares e reflexões sobre a vida em São Paulo, confira o que ela tem a dizer sobre as canções de “Ninho”:

1. “Mutual Friend (cento e dezessete)”
É a canção que abre o disco e foi a primeira que compus. A letra é bem autoexplicativa, fala sobre um cara que conheci. O ritmo é tranquilo, como queria que o disco começasse.

2. “Mar”
Fiz essa música para minha mãe. Estava escutando Novos Baianos, lembrei dela e do fim de semana que passamos juntas e comecei a fazer a melodia e letra. Sempre quis que o disco tivesse sopros e essa canção praticamente pedia isso.

3. “Arthur (entardeceu)”
Tem dias que você chega em casa e nada te consola, já dizia Caetano. Em um desses dias me deparei com o cartão embaixo da porta, vindo diretamente da França, de um dos meus amigos-irmãos que estava morando por lá. Percebi o quanto o céu estava bonito, sentei perto da janela e a música apareceu. Não pude deixar de pedir uma palinha do atual guitarrista e parceiro de banda, Caio Nazaro, que me ajudou com o coro de vozes na canção.

4. “Ninho”
E estava cansada da cidade de São Paulo e da vida corrida/sem tempo que estava me consumindo no trabalho. Não tinha tempo de ver que eu queria e nem sequer de tocar violão. A canção reflete isso, do que o álbum foi se tornando para mim: minha fuga, meu ninho.

5. “Sabiá”
Como esse EP tem música endereçada para todos, não podia faltar uma para o meu pai. Ele mora em Minas, eu em São Paulo então não nos vemos tanto mas estamos sempre em contato um com o outro. Se não fosse por ele, eu hoje não seria música. O final da canção é marcado com o aumento e solo dos instrumentos sem regras, para encerrar o disco como ele merecia.

6. “Gringo Gingado (Bônus Track)”
Eu amo samba. Cartola e Paulinho da Viola estão sempre no carro comigo e eu não podia deixar de me atrever a compor um samba. E saiu! Só posso agradecer a participação de Antonio Dantas, que toca divinamente seu bandolim, pandeiro e violão. Deu tão certo que ele ficou na banda.

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Carol Tavares é jornalista. Passou pela MTV, pela Bandeirantes e a hiperatividade levou seu caminho a cruzar felizmente com o Jardim Elétrico e criar a produtora Jazz House. Apaixonada por música, pelo amor, por Alberto Caeiro e por seu acampamento no Jalapão.