Musicado Club: O que Há de novo?

Musicado Club: O que Há de novo?

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O que Há de novo?

Tudo bem? Hoje meu blog está sendo inaugurado (Viva!!!). Então, nada mais digno que iniciar falando do gênero musical que me acompanha desde mil novecentos e antigamente, o bom, velho e sempre aprazível “roquenrou”.

O rock nacional sempre obteve mudanças, desde os anos 80, com as primeiras bandas. E como ele foi se modificando, a galera das antigas sempre criticou duramente o que surgia de mais novo, entre outros motivos, por culpa de uma grande parcela, que deixou o bom som de lado para optar por um trabalho mais pop.

A cada década o Rock sempre conseguiu dar aquela volta por cima quando o assunto era seu possível fim e nos anos 2000, com quase sessenta anos de vitalidade, isso não seria diferente. Seguindo mais uma vez de braços dados com a mídia foi em 2001, que ambos encontraram uma banda de Nova York lançando seu primeiro disco, revivendo e modernizando elementos do Rock oitentista, para criar uma espécie de Rock Alternativo Contemporâneo. O The Strokes (Me desculpem, mas eu tinha que citar a melhor banda do mundo, na minha singela opinião), foi imediatamente aceito e aclamado pela mídia que já vinha comprometida com a missão de tentar realizar o salvamento do estilo musical que eles representavam.

Mas, olhando de um modo bem geral (nem tanto), é notável, que os jovens músicos de hoje, seja pela barba mal feita, pela introdução da poesia nas músicas ou pelo reencontro com a MPB, vêm de uma Schooloflife, ou ao menos beberam da mesma água do Los Hermanos. De todo modo, hoje o rock nacional fere muito menos os ouvidos, com uma qualidade de letra e melodia que faz recordar bons períodos da nossa música popular.

A televisão e o rádio não são mais as principais maneiras para divulgação de uma banda. A maioria dos grupos musicais acaba primeiro fazendo sucesso na rede pra depois aparecer na telinha e na radiola do povo, por isso não se assuste se algum dia ouvir falar em uma banda que faz muito sucesso e você não conhece, é normal! Vivemos em outra era!

De fato, o acesso ao mainstream, tem ficado cada vez mais restrito e difícil, dentro de uma estratégia das grandes gravadoras de concentrar seus investimentos em artistas do gênero que garantisse retorno garantido, havendo uma diminuição significativa na aposta em novos trabalhos. O certo é que isto não refreou o surgimento de uma infinidade de novas formações, em diversos estilos e trazendo inúmeras referências.

O surgimento de selos independentes foi fundamental para a vazão de boa parte da produção roqueira deste período, embora muitos projetos de gravadoras indie não tenham tido a necessária continuidade. Todo este alvoroço digital contribuiu para o surgimento de uma ávida cena independente que se tornou um novo paradigma para o futuro do Rock’n’Roll.

Alguns dos artistas que imagino que sejam os “salvadores do rock/emepebê nacional”. Se ainda não conhece, indico MUITO.

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Estuda música desde os 13 anos, desenvolve pesquisa na área da música independente , produtor de bandas de diversos estilos e compositor de trilhas sonoras.