Resenha: Dibigode – Garnizé

Resenha: Dibigode - Garnizé

Texturas, papéis de parede sonoros que impregnam no ambiente, “atmosferizando” todo o rolê de pensamentos. A saga da guitarreira guerreira é sagaz, em meio aos bem colocados timbres de sopros.

O quinteto Dibigode – Gabriel Perpétuo (guitarra), Vicente França (guitarra), Guilherme Peluci (saxofone), Antônio Vinícius (baixo) e Tiago Eiras (bateria) – mineiro de Belo Horizonte, formado em 2007 e no seu segundo álbum de estúdio, fazem um som autointitulado instrumental “neo-cabriocárico”, no que me faz sentido se referindo a algum tipo de caricatura deles mesmos, som de cabras da peste!

Gosto desta pegada, o que dizer quando se gosta da brisa sonora? Ela te leva, te encontra, te pega pelos pés e te bate no chão da mente. Ouvidos atentos. Surpresas em cada esquina de tempos quebrados. Esses caras sabem o que fazem.

Médios, agudos e graves em consonância. Sopros massas! Atitude musical lisérgica viajante, sem querer ser redundante, inapropriadamente expropriante. Para onde vão?

O álbum Garnizé, posto como homenagem a Ataulfo Alves, grande da música popular brasileira, não é apenas uma reverência a obra deste mestre, mas uma criação elaborada sobre a produção do sambista. Significa que eles foram para cima e tiraram do jeito deles a coisa toda.

É um som instrumental com forte apelo contemporâneo, mesclando jazz, rock e experimentalismos. Bom de ouvir pra curtir!

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Adon, paulistano, músico, psicólogo, educador e colador de tirinhas de jornal, discute temas como o comportamento contemporâneo, com algumas ideias utópicas e outras distópicas. Acredita ser quente mesmo usar o computador como uma espécie de exocórtex e no futuro a decoreba será extinta, já que teremos todas as informações à mão, ou no olho, como quiser. E isso sim é revolução, evolução, enfim..."

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