Resenha: Leandro Jardim e Rafael Gryner | O Sonhador

Resenha: Leandro Jardim e Rafael Gryner | O Sonhador

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Um sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só. Mas sonho que se sonha junto, é realidade”

Tem que ser sonhador, sabe! Esse é o motor pra se fazer samba e amor. Tem que evocar as várias vozes. Mulher, homem, boêmio, mendigo e até santo. E fazer a poesia brotar, não só do coração, mas da cuíca, do tantam, do repique de mão, e fazer a música soar nas vielas, nas casas e porões, nos terreiros.

E cantar a plenos pulmões, e sambar na cadência da vida (miudinho, pianinho, como tiver que ser, mas querendo sempre mais).

Canta que o canto é oração. Quem canta seus males espanta. Canta a tua saudade, canta o teu temor, sem pudor. Canta teu sonho, aqui ou ali, na Lapa ou em Madureira, na quarta de cinzas ou na sexta-feira. Canta, porque quando você canta meu nobre sonhador, já virou realidade.

Desculpe as palavras derramadas, quase rimadas. É o sentimento que se têm quando se escuta Rafael Gryner e Leandro Jardim. São 6 faixas, mil facetas. É um deleite aos ouvidos.

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Day, louca sem ponto nem vírgula, aventureira na escrita, engajada nos rolês poéticos, costuma ser atropeladora de caô e, vive sempre na montanha russa.

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