Resenha: Lemoskine – Pangea I Palace II

Resenha: Lemoskine - Pangea I Palace II

“Será que você não vê que perigo é estar são, perigo é estar…” -Palmeiras Imperiais.

A vida em 2 atos: o que sempre esteve aqui e o que construímos. O ontem foi o planeta junto em um supercontinente só, a ele deu-se o nome Pangea, e o que construímos é um Pallace II, edifício notório do Rio que, mal planejado e construído, ruiu. De forma simbólica, o momento curto que vivemos está representado em Pangea I Palace II, novo disco do Lemonskine.

Na pele (skin, em inglês) de Lemos, Lemoskine é um projeto de Rodrigo Lemos, músico e produtor há uma década, conhecido por outros trampos por aí (tipo A Banda Mais Bonita da Cidade e Poléxia). Rodrigo canta, toca baixo, guitarras, sintetizadores e bateria elétrica.

O disco começa intimista e explode em diversas texturas crescentes e coloridas. É existencialista em abordagem psicodélica, com ecos circundantes setentistas, notas em flutuações do reggae ao funk, vocais limpos e honestos, tipo timbre de cara e alma lavada – sim, por vezes lembra Milton Nascimento!

Três anos entre um álbum e outro foi o bastante para maturar ideias musicais e filosofias. Neste novo momento há mais raízes brasileiras, grooves e chacoalhadas corporais. Brincando de ser artista, sem brincadeira.

“Que a juventude esteja com o poder” –Um Negócio

“Pode crer! ”

Share Button

Adon, paulistano, músico, psicólogo, educador e colador de tirinhas de jornal, discute temas como o comportamento contemporâneo, com algumas ideias utópicas e outras distópicas. Acredita ser quente mesmo usar o computador como uma espécie de exocórtex e no futuro a decoreba será extinta, já que teremos todas as informações à mão, ou no olho, como quiser. E isso sim é revolução, evolução, enfim..."

Recommended Posts