Sweet Trouble e sua grande produção

Qinho é menino, é homem. Faz-se de pássaro e é transformado em convexo. Qinho é “pouco”, na medida de quem diz muito nos espaços das letras, em que o toque do violão faz o resto. A produção grandiosa de “Sweet Trouble”, do álbum ÍMPAR, poderia ser trailer de filme do ano, propaganda do horário nobre, mas tem a beleza e pretensão de ser grande música, e é.

Os cabelos grandes do rapaz entram em um lugar fechado, clima de boate, e depois de receber um envelope com uma figura em vermelho, assume vários personagens em uma história envolvente. Com ajuda de uma mulher, consegue entrar em um edifício, estilo de 007. Cenas curtas, imagens cinematográficas, alarmes soados, homens deitados no chão. Tudo isso afinado com ele, que se disfarça por um objetivo. A melodia segue pelo tom dos acordes rápidos, do Rock ‘destruidor’.

A letra em inglês não engana, Qinho é brasileiro pela malandragem de camisa listrada e chapéu de palha, pela ginga carioca da gafieira. “Sweet Trouble”, ou “doce confusão”, para os eternos brazucas, revela uma produção cuidadosa e distinta, sem perder as referências maliciosas que o construíram. Viva a doce música de Qinho!

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Mariana é de gêmeos, capixaba e jornalista, não necessariamente nessa ordem. Está em dúvida se gosta mais de ler ou de escrever. Espero que nunca descubra.

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