3 perguntas para: Dom Pescoço

3 perguntas para: Dom Pescoço

Inspirado no disco “Sociedade da Grã-Ordem Kavernista Apresenta Sessão das 10” dos grandes: Raul Seixas, Sérgio Sampaio, Edy Star e Miriam Batucada, a banda DOM PESCOÇO, lança seu terceiro álbum da carreira, “CHUCRO”, cheio de ritmos locais, entregando uma autoafirmação da identidade nacional da banda.

Experimentando novas possibilidades que se veste de renovação e reciclagem ao mesmo tempo, o som colorido resgata memórias de um passado com o bom e velho Rock’n Roll.

“A nossa principal influência é a pluralidade de ritmos e estilos”, comenta Dom de Oliveira (baixo e voz).

Completam a banda: Gabriel Sielawa (violão nylon, teclado, guitarra e voz principal), Passarinho (bateria, programação e voz) e Rafael Pessoto (guitarra e voz).

E foi o Dom que respondeu para coluna “3 PERGUNTAS”:

1. Sobre a formação da banda, como aconteceu esse encontro? Quais as influências? De onde veio o nome “Dom Pescoço”?

A banda existe desde 2014, na cidade de São José dos Campos. Nós temos essa peculiaridade de ter surgido na zona rural, lá em 2014. Tinha um centro de cultura agroecológica, na zona rural e a gente teve nosso primeiro encontro lá, foi passando o tempo e modificamos alguns integrantes, até que, em 2015, o Gabriel entrou, aí fechamos o núcleo. Eu sou o Dom de Oliveira, o Passarinho na bateria, o Rafael Pessoto e o Gabriel Selava.

As influências são as mais diversas possíveis, ouvimos de tudo desde sempre. Nós somos devoradores de música, nós ouvimos tudo o que é legal, desde funk, brega funk, pisadinha, rock anos 60, muito mpb e tudo o que nos agrada.

Nós somos uma pluralidade imensa e acabamos trazendo isso pra banda, já que somos amantes de música, independente de gênero ou ritmo, as influências são as mais diversas possíveis.

O nome Dom Pescoço é uma brincadeira, temos diversas respostas pra essa pergunta. A atual e, que a gente abraçou no projeto desse último disco, é uma brincadeira. O Dom Pescoço acaba sendo uma analogia ao Dom Quixote, já que existe Dom Quixote de La Mancha, a Dom Pescoço é Dom Pescoço de La Sanja (São José dos Campos). Atualmente esse é o nosso motivo, mas lá no início a gente já teve outras coisas, mas esse é o nosso ponto crucial atualmente.

2. Vamos falar sobre lançamento do terceiro disco “CHUCRO”: Quando e como foi gravado?

O “Chucro” foi fruto de um edital público de São José dos Campos, do fundo municipal de cultura, Fundação Cultural Cassiano Ricardo, que funciona como a Secretaria de Cultura da cidade de São Paulo. Aqui, nós temos algo muito maior e perene, que está em diversos núcleos da cidade e abraça diversos projetos, independente de prefeito e eleições, as pessoas que estão lá são concursadas, então isso gera uma continuidade dos projetos muito importante para a classe artística.

Dito isso, em 2019, nós passamos num fundo municipal de cultura, dentre diversos outros projetos e, a partir desse ponto de aprovação no digital, conseguimos viabilizar esse disco.

Em agosto de 2020, soubemos que passamos e tivemos 1 mês para desenvolver a base do projeto e as músicas. Foi um processo curioso porque nós não tínhamos músicas prontas, nós tínhamos ideias, alguns rabiscos, algumas coisas escritas, uma música ou outra, mas foi literalmente do zero. As músicas que já tínhamos foram modificadas para esse projeto.

Um dos procedimentos que buscamos para a banda foi se enfurnar, fazer um retiro, novamente na zona rural de SJC. Ficamos mais ou menos 1 mês enfurnados aqui, focados.  “A gente precisa fazer um disco e compor”, pensamos. Então aqui a gente compôs e terminou de arranjar as outras músicas e, a partir de agosto, a gente começou a trabalhar na gravação e pós produção, mas foi basicamente esse retiro na zona rural que fez a gente criar as músicas e os arranjos do zero e foi maravilhoso. Esse encontro foi incrível, ficamos um mês entre conversas, muito trabalho, diversão e a gente conseguiu fazer a base do disco para depois fazermos as gravações, as edições, acompanharmos a mixagem, a masterização e o disco ir pra gráfica.

3. Para esse ano, o que desejam para a banda? Quais planos e expectativas?

Em primeiro lugar, acabar essa pandemia pra gente tentar voltar pra um novo normal. O que seria esse novo normal se misturando com as expectativas? Conseguirmos fazer shows presenciais, já que a gente tinha shows viscerais e turnês pelo Brasil.

Nossa expectativa mais querida é voltar a fazer shows e também que o disco renda mais frutos, que ele seja ouvido, que a gente consiga trabalhar nossa música e viver dela. Mas queremos basicamente fazer os shows presenciais.

A gente também lançou um clipe, de “Delicadinho”, que foi muito importante para nossa divulgação audiovisual. Queremos fazer outros clipes, fazer mais música, mais singles e continuar a vida. Fazer da música ainda mais presente em nossas vidas, principalmente na questão de pagar as contas.

ASSISTA “DELICADINHO”:

OUÇA “CHUCRO”:

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De São Paulo, apaixonada por cultura, arte e comportamento humano. Movida a música.