3 PERGUNTAS PARA: MARCUS LOPES
by Renata Luiz
Se despedindo do seu primeiro álbum, o cantor e compositor mineiro MARCUS LOPES, lançou ‘’Por Aí”, produzido em parceria com HENRIQUE MATHEUS e THIAGO CORRÊA (Transmissor).
São 9 faixas com memórias e sentimentos conflitantes que deixam de pertencer ao músico para se relacionar com ouvinte. Entre camadas de sintetizadores e letras deliciosas, nos conectamos com cada componente do disco, uma experiência única.
“A viagem que eu tive foi sobre o que a gente perde quando termina relacionamentos. Sobre o que, de nós, fica pra trás”, afirma o MARCUS.
Conversamos para coluna 3 PERGUNTAS, sobre: carreira, o novo disco e influências, vem conferir:
1. Marcus, conta pra gente sobre sua carreira, e quando se descobriu compositor/músico?
Olá! Em primeiro lugar, obrigado pelo espaço pra falar do “Por Aí”.
Carreira é um termo generoso da sua parte, mas vamos lá. Eu comecei a tocar tarde, tenho uma formação musical meio torta. Até hoje não manjo de teoria direito. Fui pegando meio de ouvido. Eu fiz a minha primeira música com uns 14 anos. Ela obviamente era horrível. Depois de “Cidade Vazia”, de 2008, a coisa começou a melhorar. Diria que me descobri como compositor e como arranjador ali. Agora, como músico e como cantor, não sei se essa descoberta aconteceu, ou se vai acontecer. Vou fazendo na cara de pau e contando com gente muito boa ao meu lado.
2. Senti que esse trabalho novo traz alguns momentos muito pessoais. Como foi o processo de composição e produção desse segundo disco?
Parcialmente pessoal. É um disco que fala de términos e distanciamentos involuntários, mas nem todas são confessionais. Músicas como “Tão Maior” e “Feliz Ano Novo” são baseadas em experiências que eu tive. Outras, como “Imagino Eu” e “Podemos Errar”, não.
Quanto a composição e produção, foi o seguinte: comecei a compor esse repertório em 2012, com “Tão Maior”. A partir dela, esse disco foi se construindo paralelamente ao meu álbum de estreia. “Feliz Ano Novo”, em 2013; “Por Aí”, em 2015; “Por Enquanto”, em 2018. Foi em 2018 que eu fechei a lista de músicas.
Com o repertório pronto, montei os arranjos em casa e levei pro Estúdio Frango no Bafo. Lá, o Henrique Matheus e o Thiago Correa sugeriram muita coisa, boas ideias rolaram durante as gravações, e foi essa troca que materializou o repertório. A satisfação de montar um arranjo e ver a música nascendo é a melhor coisa desse negócio de compor, depois de ter a ideia, talvez.
3. E o que você ouviu enquanto criava “Por Aí”? Quais são suas influências?
Vou indicar alguns discos que orbitaram as minhas gravações. “Bookends”, de Simon & Garfunkel; “For Emma, Forever Ago”, de Bon Iver; “On an Island”, do David Gilmour; “Hejira”, da Joni Mitchell; e “Jardim da Fantasia”, do Paulinho Pedra Azul. Eu roubei desse pessoal todo. Não conta pra ninguém.
“Por Aí” é lançado pelo Sentinela Discos.
OUÇA:
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