Resenha: Graveola e o Lixo Polifônico
by Dayana Pinto
Vozes Invisíveis, entretanto tão sonora, tão audíveis. Tão penetrantes. Marcantes, é isso. Esse é o Graveola e o Lixo Polifônico. Uma mistura aqui das Minas Gerais. Que já vem avistando um belo horizonte no cenário musical brasileiro. Eles tem aquela singeleza típica, uma coisa meio de interior, sabe! Toque cirandeiro.
Esse disco novo subiu a ladeira do meu coração! Sério, nunca me emocionei tanto. Fui transportada diversas vezes a situações vividas ou as que eu hei de viver. Tipo, quando eu desci aqueles tantos morros de Ouro Preto, ou quando troquei um dedo de prosa entre um cachaça e outra com o “tiozinho” alegre do bar. Ou quando filosofei fronte ao espelho sobre a existência da vida.
Um aglomerado de experimentações nada lineares. Um ziguezaguear tão arrojado, tão humano. Às vezes bicho do mato, às vezes pássaro voador. Um tanto de ideia vagalume, um tanto de claridade lamparina. Uma poética estelar de uma simplicidade tocante. Sem rótulos mas com a marca registrada do bom gosto. . Brejeirices, aquele “jeitin bão,sacomê?”.
E quem sou eu pra fazer comparações, mas olha, algumas músicas me lembraram Lô Borges e aquela turma toda. Essa coisa caseira, servir o café, reunir a família. Cada um de jeito, somar diferenças. Foi a ideia mais original, fez do “dois e meio”, encantador e ouso dizer mais cantante. Bateu aqui de um jeito especial, e vai reverberar tipo o canto do galo na madrugada.
E ampliou, sampleou, essa mistura liquidificador eu faço questão de “sharear”. cês são bão demais da conta, sô. Grazadeus eu tive a sorte de conhecer, sorte de escutar. Eu tive sorte. Nota: Acho que todos reparam, mas fico o registro: Essa que vos fala é mineira de carne, osso, coração e cachaça, nascida e criada nesse cantão aqui, seu moço.
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