Rolo Elétrico: Sexualmente Negado
Ultimamente, alguns filmes quiseram abordar a questão da sexualidade. A atividade e orientação sexual e com isso, investigar à fundo para mostrar que é completamente normal também aquilo que não conhecemos e por isso, julgamos de forma medíocre. Minha andança pelos filmes essa noite avistou um filme do qual eu já ouvi algumas boas dicas sobre.
Aqui vai uma suposição. Você é bem sucedido, possuí um apartamento, vários livros e LP’s, um pênis gigante e bom papo. Pode ser sincero e me responda: quantas relações sexuais você teria por semana? Uau, estou impressionado com quão modesto foram agora. Mas lhe pergunto outra coisa: quantas ligações e pessoas você manteria o contato e claro, não broxaria na cama por causa de gostar da pessoa? É, eu entendo este silêncio.
Em Shame, Brandon consegue transparecer exatamente as respostas para estas e outras perguntas. O sexo por pura diversão te mantém calmo e dono de si mesmo, aumentando seu egocentrismo neste caso. Talvez não é nem a questão do gostar de sexo, mas sim de se inundar no mundo e torná-lo sua única maneira de viver, de ser incluso dentro do grupo social que eu, você e a sociedade querem tanto.Aliás, não é nada bonito ver sua deterioração, vê-la ruindo perante uma cama sem lençol, cabelo bagunçando afterfuck e todos os personagens buscando aquilo para escapar de suas responsabilidades, das consequências. A evolução (ou involução) pessoal não depende de como faz parecer sua vida sexual, ignorando os telefonemas e nem quando não consegue estabelecer uma relação, pois nada daquilo condiz com seu universo. Tudo depende do seu olhar. Da sua visão que, se for fechada, realmente não verá que ao teu redor, o vazio te corrompe e te encurrala no canto obscuro do quarto. E acredite, ele não esperará as prostitutas bem limpas de R$300 à hora terminarem de pôr o sutiã e sair alarmando com o salto 15′. Ele vai te bater na cara e quando isso acontecer, o choque será gigantesco.
Uma certeza aqui é certa. O seu mundo pode parecer bom e sem DST’s, mas às vezes, a doença é você e o seu modo de agir. De ignorar o que periga, o que circunda teus defeitos e estremece teu ponto forte. Se acalmem moças e moços. Uma solidão se constrói devagar e pode ser notada, se forem capazes. Mas para isso, eu recomendo jogar fora as revistas sobre teu egoísmo e busque ler o que há. O que é o que é vivido por todos e tudo.
Shame – 2011
Diretor: Steve McQueen
Elenco: Michael Fassbender, Carey Mulligan e Nicole Beharie
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