Resenha: Dibigode – Garnizé
by Lucas Adon
Texturas, papéis de parede sonoros que impregnam no ambiente, “atmosferizando” todo o rolê de pensamentos. A saga da guitarreira guerreira é sagaz, em meio aos bem colocados timbres de sopros.
O quinteto Dibigode – Gabriel Perpétuo (guitarra), Vicente França (guitarra), Guilherme Peluci (saxofone), Antônio Vinícius (baixo) e Tiago Eiras (bateria) – mineiro de Belo Horizonte, formado em 2007 e no seu segundo álbum de estúdio, fazem um som autointitulado instrumental “neo-cabriocárico”, no que me faz sentido se referindo a algum tipo de caricatura deles mesmos, som de cabras da peste!
Gosto desta pegada, o que dizer quando se gosta da brisa sonora? Ela te leva, te encontra, te pega pelos pés e te bate no chão da mente. Ouvidos atentos. Surpresas em cada esquina de tempos quebrados. Esses caras sabem o que fazem.
Médios, agudos e graves em consonância. Sopros massas! Atitude musical lisérgica viajante, sem querer ser redundante, inapropriadamente expropriante. Para onde vão?
O álbum Garnizé, posto como homenagem a Ataulfo Alves, grande da música popular brasileira, não é apenas uma reverência a obra deste mestre, mas uma criação elaborada sobre a produção do sambista. Significa que eles foram para cima e tiraram do jeito deles a coisa toda.
É um som instrumental com forte apelo contemporâneo, mesclando jazz, rock e experimentalismos. Bom de ouvir pra curtir!
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