Resenha: Tabuleiro Musiquim

O negócio é mexer o corpo pelo universo! A inércia não combina com esse som.

É música bem das brasileiras made in exportação. Mistura de ijexá (ritmo suave de cadência marcada), frevo, samba, baião com o peso do rock e a pegada funkeada. Eles lançaram um EP em 2012 e a partir de então foram para o mundo e se aprofundaram nas raízes, chegando ao resultado deste álbum chamado Imbigo.

Nunca vi gostar tanto de música swingada!

Direto de Salvador, Tabuleiro Musiquim, formada por Silvio de Carvalho (voz e guitarra), Coelho (baixo), Diego Cerqueira (percussão), Thiago Gomes (bateria) e Bruno Balbi (guitarra), traz doze músicas no disco Imbigo, maioria de autoria de Silvio, produzido pela própria banda junto com Tadeu Mascarenhas.

Ginga quente, samba arroz-feijão com tudo o mais que tiver na despensa. TM é música nova com vontade cheia de originalidade pulsando da ponta dupla do cabelo ao dedo mindinho que bate na cômoda! Eles não vieram para arrumar, mas para incomodar a preguiça.

O legal é que é tudo isso, com letras de temáticas contextualizadas pelo cotidiano da sociedade que rodeia os caras. Não são obras descoladas, são áudio-transportadoras. Poesias que pintam quadros da situação. Como o vai e vem do mar e o vai e vem do amor.

Participam também do álbum Teago Oliveira da reconhecida banda Maglore, Luiz Caldas “O Pai do Axé Music”, Fábio Cascadura da famosa banda baiana de rock Dr Cascadura, entre outros. Ou seja, os caras têm o selo de boa coisa carimbado e envazado.

Vale muito pela ousadia, pela promessa de surpresa e pela força da novidade. Basta você ouvir.