Discos Escondidos #046: Maysa – Ando Só Numa Multidão de Amores (1970)
by Vítor Guima
Maysa Figueira Monjardim, também conhecida como Maysa Matarazzo ou simplesmente Maysa, foi uma cantora e compositora brasileira nascida em 6 de junho de 1936 e que faleceu em 22 de janeiro de 1977. Apesar de ter nascido no Rio de Janeiro, Maysa mudou de cidade muitas vezes ao longo da infância e adolescência, tendo passado a maior parte do tempo na cidade de São Paulo.
Tendo se casado em meados dos anos 50 com o empresário André Matarazzo, no ano de 1956 nasce seu primeiro e único filho, Jayme Monjardim, aclamado diretor de cinema e televisão com obras como o filme Olga e as novelas Roque Santeiro e O Clone em sua carreira.
É em 1956, também, que Maysa estreia com o álbum Convite para ouvir Maysa, apenas com composições da cantora. Apesar de inicialmente não receber a devida atenção das rádios e consequentemente do público, várias canções desse disco começaram a ser executadas em rádios paulistas e cariocas, tornando Maysa em um grande sucesso.
Discos Escondidos #030: Vanusa – Vanusa (1969)
Ao longo de seus 16 álbuns de estúdio na carreira e 2 discos ao vivo, Maysa se consolidou como uma das maiores cantoras da música brasileira, mas também lutou durante anos contra a depressão e teve uma vida pessoal atribulada, nunca deixada em paz pelos tabloides e pela imprensa da época.
Seu penúltimo álbum de estúdio, Ando Só Numa Multidão de Amores, foi lançado no ano de 1970 e acabou não obtendo grande sucesso de público, o que levou Maysa a participar de duas novelas no ano seguinte, O Cafona (Rede Globo) e Bel-Ami (TV Tupi). Apesar do baixo número nas vendas, o álbum é considerado por muitos o melhor disco de sua carreira.
A atmosfera um pouco mais sombria e melancólica do disco em relação às obras anteriores da cantora, aliada à sua capa em preto e branco apenas destacando os olhos verdes de Maysa, nos mostra que, apesar de ainda jovem – 34 anos na época do lançamento, ela se mostrava mais madura como artista e nos temas e poesia das canções que escolhia e compunha para integrar seus álbuns. Infelizmente, a cantora viria a falecer 7 anos depois, em um acidente automobilístico na Ponte Rio-Niterói.
100 Discos e 100 Cervejas: Elza Soares & Miltinho – Elza, Miltinho e Samba (1967)
Do disco, destaco as faixas: Molambo, Yo Sin Ti, Chuvas de Verão, Eu, Suas Mãos, Resposta, As Praias Desertas e Quando Chegares.
Sem mais delongas, Maysa e seu Ando Só Numa Multidão de Amores – que, vale lembrar, é talvez o nome de álbum mais belo que existe:
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