Discos Escondidos #064: Skank – Maquinarama (2000)
by Vítor Guima
Surgida no ano de 1991 na cidade de Belo Horizonte com influências da música jamaicana, Skank é uma banda formada por Samuel Rosa (voz/guitarra), Henrique Portugal (teclados), Lelo Zaneti (baixo) e Haroldo Ferretti (bateria) que continua em atividade com a mesma formação até hoje.
Lançando seu álbum de estreia, Skank, no ano de 1993 de forma independente, a banda logo foi contratada pela Sony e lançou o álbum Calango (1994), que vendeu mais de 1 milhão de cópias e apresentou grandes hits da carreira da banda como Jackie Tequila, Te Ver e Pacato Cidadão. Em seguida, o álbum Samba Poconé, lançado em 1996, levou a banda para uma turnê mundial que passou por países da Europa, América do Norte e América do Sul.
Discos Escondidos #014: Beto Guedes – Contos da Lua Vaga (1981)
Depois de Siderado, disco lançado em 1998, o Skank lança o álbum que, além de marcar uma transição na carreira da banda, na opinião deste que vos escreve é o melhor de sua carreira: Maquinarama (2000). Com influências que aparentam ser mais pop do que seus discos anteriores, Maquinarama exibe algumas das melhores baladas da música brasileira feitas nesse milênio que havia acabado de começar.
Tendo composições de Samuel Rosa em parceria com artistas como Lô Borges, Fausto Fawcett, Edgard Scandurra, Nando Reis, Rodrigo F. Leão e Chico Amaral, além da faixa Canção Noturna, composta por Lelo Zaneti e Chico Amaral, esse álbum é uma aula de música pop brasileira que – infelizmente – grande parte da atual geração da nossa música parece ignorar. Entre suas canções que brincam entre o sensual e o romântico, que são muitas vezes tão introspectivas quanto dançantes, que unem pitadas de bossa nova com psicodelia e que não têm medo de tomar uma direção mais pesada como na faixa-título, Maquinarama é sem dúvida um dos maiores lançamentos da música brasileira naquele que era o último ano do século XX.
É importante, também, ressaltar a química dos integrantes da banda e o ótimo trabalho dos produtores Chico Neves e Tom Capone. Samuel Rosa tem uma das vozes mais incríveis de sua geração e as precisas baquetas de Haroldo Ferretti aliadas à percussão de Ramiro Musotto ditam a cadência desse álbum que em nenhum momento se perde nessa narrativa traçada entre canções tão diversas. Destaque também para o trabalho de Lelo Zaneti nos baixos e para os ótimos timbres dos teclados de Haroldo Ferretti.
100 Discos & 100 Cervejas: Lô Borges – Lô Borges (1972)
Do álbum, destaco as faixas: Três Lados, Ela Desapareceu, Balada do Amor Inabalável, Canção Noturno, Muçulmano, A Última Guerra, Fica e Ali.
Sem mais delongas, Skank e seu Maquinarama:
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