#Descubra toda luz que cabe em Paulo Novaes
Paulo Novaes. Paulinho. Já é de casa. Tanto, que foi no Sarau Mundo Afora do nosso Jardim que ele mostrou pela primeira vez esta música emocionante e emocionada chamada “Luz da Vida”. No dia, ofereceu à pequena Madalena – filha desta repórter sentimental que vos fala. Mas a original foi feita para seu sobrinho, Martin, e amor da vida de um pisciano cheio de delicadeza para compartilhar. Com participação de Pedro Altério, amigo e frontman do 5 a Seco, a faixa ganhou um clipe tão sensível quanto seus arranjos e percussões milimetricamente colocadas entre as cordas e um instrumento agudinho chamado hangdrum, que você pode encontrar na composição de músicas relaxantes e meditativas.
A data de lançamento estava marcada para 17 de agosto. O que ele não sabia é que seria um dia fervoroso para o Brasil – quando pedia-se na Justiça pelo aborto da menina de 10 anos violentada pelo próprio tio desde os 6. O paradoxo deste momento arrepia cada pelinho. O aborto era direito da criança por conta do contexto ali colocado e foi exposto por um Estado que se usou do caso – tristemente apenas um dos milhares que acontecem diariamente – para reforçar seu posicionamento retrógrado e se auto afirmar com seus seguidores. Nunca importou para Damares o final da história, porque ela sabia que o aborto seria realizado – mas a secretária viu ali uma real oportunidade de reforçar os dogmas de seu (des)governo.
O que o vídeo de Paulinho tem a ver com tudo isso? Pois eu digo para vocês: uma gestação desejada, uma família com estrutura de seguir com essa criança sem causar sofrimento a ela ou a qualquer outra pessoa pode transformar o nascimento de um bebê em algo realmente mágico e que traz luz ao coração de todos em volta. Decidir sobre o próprio corpo e sobre as condições de levar adiante uma nova pessoa ao mundo tem a ver com não causar sofrimento a qualquer ser em uma sociedade que já precisa lidar com ausências, violências e falta de estrutura diariamente.
Que você possa ouvir e sentir este clipe. Que você possa entender que esta é a maternidade/ paternidade saudável que um pequeno vindo ao mundo merece. E que você perceba, principalmente, que uma criança de 10 anos sem estrutura física para levar adiante uma gestação e psicologicamente devastada não é assassina, é vítima – do tio e do sistema.
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