#Descubra o novo Rio de Janeiro e seus sons da quarentena
Zéca Vieira está se lançando na carreira solo. E o clipe de “Veloz”, single de estreia, é um daqueles que você gostaria de morar dentro. O encontro da calma no meio da pandemia. Onde tudo é nada. Uma leitura delicada do isolamento necessário para um respiro. Dá um play aqui para conferir:
A faixa questiona a velocidade com que o tempo é consumido e tem inspiração no estilo e folk de Belchior. A mensagem é clara: “o mundo precisa desacelerar”. “’Veloz’ sempre foi sobre ter cuidado com o tempo que temos. Quando veio a pandemia, a mensagem da música parecia ainda mais necessária, senti que eu precisava trocar sobre isso com as pessoas. Além de tudo, produzir o clipe e lançar o som foi um grande processo de cura enquanto artista. Fiz grandes planos pra 2020 e me vi com todos meus sonhos pendurados, precisava dar vazão à essa energia criativa, me sentir vivo mesmo. Felizmente, até aqui, vejo que a mensagem está chegando para as pessoas e o ciclo está se completando”, conta. Por aqui, caiu como uma luva.
Zéca Vieira, que nasceu no Rio de Janeiro, pretende ainda lançar um segundo single este ano. Foi o que fez Thales Zagalia, que tocava com ele na banda Lisbela e, agora, segue solo. Depois de “Moça Graciosa” estrear seu novo caminho, Thales mostra ao mundo o single “Leme Total”, cantando a saudade de um carnaval que já não existe mais – pelo menos por enquanto. O Jorge Ben que existe em mim saúda o Gilberto Gil que habita você. Entre no Spotify do cantor para ouvir!
“No primeiro lançamento, a gente chegou a pegar o começo da pandemia – mas, agora, estou lançando numa fase bem diferente daquela. As pessoas já estão interagindo de forma bem diferente à muita coisa, inclusive aos lançamentos musicais. Essa música foi totalmente produzida e gravada nesse período de quarentena (em maio/junho). Eu andava com uma sensação de improdutividade em casa, sem escrever e nem criar nada de novo no violão. De repente, num dos dias mais intensos dessa sensação, resolvi pegar o violão pra ver o que rolava e a música começou a ser construída justamente em cima de reflexões sobre como as coisas andavam estranhas, das notícias que apareciam na TV e que a cada dia ficavam mais tensas, de como todos nós estávamos começando a nos acostumar com essa sensação de ‘juntos à distância’, com o bombardeio de lives sobre todo e qualquer assunto… Enfim, muita coisa na cabeça de todos nós, além de muitos outros problemas que temos que lidar, principalmente aqui no Rio de Janeiro”, explica o cantor.
Outro ponto importante que ele expõe é de como o coletivo precisa seguir tendo força num momento de distanciamento. “Nesses meses dois meses mais recentes, comecei a pensar nas estratégias de lançamento e de como fazer esse som chegar, também, na galera que eu acredito que tenha uma identificação com o tema da música e com a sonoridade dela. Tenho certeza que tem muita gente, como eu, que recebe uma quantidade enorme de informação que nem sempre têm conteúdo relevante e acaba saturando a gente e deixando outros conteúdos legais nem chegarem até nós. Nós precisamos nos desdobrar pra competir com essa enxurrada e isso acaba se tornando um desafio enorme. Temos que ser cada vez mais criativos. Hoje em dia, não adianta só fazer música boa. Tem que ser um bom gestor, estar por dentro dos assuntos de distribuição digital, saber como se comunicar com os veículos de imprensa, com qual a frequência fazer postagens e torná-las sempre interessantes… Com certeza, esse está sendo um aprendizado enorme e que esses tempos atuais anteciparam essa necessidade, pelo menos pra mim. A ajuda dos amigos e amigas sempre faz com que nosso trabalho seja espalhado de forma incrível”, completa.
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