ACORDA AMOR – LETRUX, LINIKER, LUEDJI LUNA, MARIA GADÚ E XÊNIA FRANÇA

ACORDA AMOR - LETRUX, LINIKER, LUEDJI LUNA, MARIA GADÚ E XÊNIA FRANÇA

Um nuvem de amor e resistência se formou no ultimo fim de semana, no Sesc Pompeia. Nem a noite chuvosa impediu que o teatro ficasse lotado para a segunda noite das apresentações do espetáculo Acorda, Amor!, dirigido por Roberta Martinelli e Décio 7.

O show foi apresentado pela primeira vez em fevereiro de 2018 em São Paulo, e volta agora em 2020, nesse momento tão difícil que estamos vivendo, para nos mostrar que amor pode sim vencer o ódio.

A canção e o álbum “Acorda Amor” é um grito de resistência, foi lançado na ditadura e fala desse período. Em 1974, o disco ficou apenas alguns dias nas lojas até ser recolhido a mando do governo militar.

O show começa com Liniker, Letrux, Maria Gadú, Luedji Luna e Xênia França unindo suas maravilhosas vozes em uma versão de “Gente Aberta”, de Erasmo Carlos,  música que nos diria muito sobre o que ainda ia rolar na noite. A partir daí, as cantoras se revezaram no centro do palco para interpretar as canções, veja o set list:

Gente Aberta (Todas)
Deixa eu Dizer (Xênia)
Saúde (Letrux)
Não Adianta Chorar (Liniker)
Extra (Luedji)
O Quereres (Gadú)
Sujeito de Sorte (Letrux)
Assumindo (Xênia)
Triste, Louca ou Má (Gadú)
Obaluayê (Luedji)
Chora pela Natureza (Liniker)
Conflito (Luedji)
Comportamento Geral (Xênia)
Cinco Bombas Atômicas (Letrux)
Nuvem Cigana (Gadú
A Vida Em Seus Métodos Diz Calma (Liniker)
Cansaço (Todas)

O quinteto do voa formado pelo baterista Décio 7 (Bixiga 70, João Donato), o baixista Fabio Sá (Gal Costa, Ana Canã), os guitarristas Guilherme Held (Criolo) e Pipo Pegoraro (Aláfia, Xênia França) e o percussionista Rômulo Nardes (Bixiga 70 e Andre Sampaio).

Um momento emocionante foi conduzido por Maria Gadú, com “Triste, Louca ou Má”, o sentimento é libertador, a inquietação diante dos enquadramentos sociais aos quais as mulheres estão submetidas ainda estão presentes, tentar rompê-los é um manifesto pelo nosso direito de ser.

Minhas preferidas foram as versões de “Comportamento Geral”, com Xênia, e “Extra”, por Luedji. “Cansaço”, de Douglas Germano, encerrou o show com todas as vozes juntas de novo no palco, ao fim da canção, a cantoras foram ovacionadas pelo público e era perceptível a emoção no rosto delas.
Foi possível sentir cada canção e ter esperança.  A luta não é só minha, ou sua, é nossa!
Que esse projeto tenha vida longa, voa!!!

 

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De São Paulo, apaixonada por cultura, arte e comportamento humano. Movida a música.

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