Adoce seus ouvidos, conheça JABUTICABA da banda Pequena Morte
Genuinamente brasileira e repleta de atributos, a fruta “Jabuticaba” intitula o mais recente trabalho da banda mineira Pequena Morte. Financiado pela Natura Musical, o disco traz 10 faixas com base em ska mas que passeiam por ritmos caribenhos e do Pará. Fusão, não só de ritmos mas de línguas, é uma das principais características desse CD, que vem com composições em Português, Inglês e Espanhol.
Formado por Raul Gustavo (vocal, guitarra), Tamás Bodolay (bateria), Gustavo Dialva (guitarrra, vocais), Gabriel Assad (baixo), Rodrigo Borges (percussão), Jonatha Max (Trombone) o sexteto contou em entrevista ao site do Natura Musical que, em 2012 passou pelo Pará onde conheceu o Carimbó e o Siriá. Os músicos também tiveram contato com a música caribenha que chega em Belém. Misturaram esses estilos ao ska abrasileirado e à grooveria de respeito que a banda tem, resultando em músicas super dançantes e adocicadas.
Captado no Estúdio Minotauro, o trabalho teve direção artística do vocalista e guitarrista Raul, produção de Ygor Rajão e mixagem de Victor Rice. A arte da capa é assinada por Shiron The Iron e retrata a lenda da jabuticabeira transformada em uma bela jovem que seduz rapazes e moças no intuito de conseguir uma noite de amor e assim se transformar novamente em árvore e fecundar a frutinha.
Destaco as faixas “Remi” que conta com a participação de Glenn da Costa (músico que acompanhava Bob Marley), “O fio de uma navalha” que evidencia a maravilhosa influencia paraense num caliente solinho de guitarra e a cênica “Balada Volátil Comum” que tem uma linha de baixo marcante e sedutora, aliás essa faixa e “Verbalize it” possuem videoclipes de altíssima qualidade. Capricho, limpeza e cuidado nas produções são elementos que chamam atenção ao trabalho da banda, tanto o CD quanto os clipes são muito bem produzidos.
Tão gostoso quanto relaxar degustando a doçura da jabuticaba é ouvir e se entregar às canções do segundo disco da banda Pequena Morte, é daqueles que bem representa a mistura do Brasil num trabalho maduro, dançante e cheio de estilo.
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