Resenha: Bernardo Bravo
Pre-para. Lembrando daquela moca lá que faz sucesso apenas com esta palavra, digo novamente: PRE-PARA, é chegada a hora de conhecer algo que ira inundar seu coração. Hoje quero fazer tudo diferente! Assim que terminar de ler esta frase vá ate o final da página, baixe o disco, espere o download, abra as músicas no teu player e comece nossa viagem.
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Hoje é dia dele, de Bernardo Bravo e seu belíssimo Arlequim. Para entender o disco, é preciso lembrar que o arlequim é aquela persona da comédia dell`arte cuja função era divertir o público durante os intervalos dos espetáculos. Durante o carnaval, o arlequim procura pelas ruas seu par, a Colombina, eternizados nos versos de Máscara Negra, de Zé Keti:
Tanto riso, oh quanta alegria
Mais de mil palhaços no salão
Arlequim está chorando pelo amor da Colombina
No meio da multidão
Talvez seja por isso que o primeiro contato com o disco seja Carnaval em Curitiba, onde o Arlequim busca aprovação de sua Colombina, para que os dois sejam felizes como “tocar violão à tardinha”. Este é apenas o pontapé inicial de uma viagem que vai mexer com sua consciência musical.
Bernardo é puro folclore em Arlequim. Com todas as canções arranjadas no piano, ele bebe de fontes como: blues, ópera, samba, valsa, e até dos famosos cabarés. Ele conversa a todo o momento com quem escuta, como se estive ao nosso lado enquanto o disco roda. A impressão que da e que Bernardo canta diretamente do coração, nos inundando com toda poesia que sai de dentro dele.
Estes arranjos tão bonitos quanto a poesia são assinados pelos pianistas Bruno Piazza, Fábio Cardoso e Vinícius Nisi. As deliciosas vozes femininas que também conversam com a gente e aparecem a todo o momento são de Amanda Pacífico e Lívia Lakomy. Arlequim é daquele tipo de disco que toca, toca, toca e nunca enjoa.
Tudo no disco lembra as desventuras de arlequim. As ruas por onde caminha, o frio da cidade em que vive, os amores impossíveis e as desilusões que ele (o amor) proporciona, o efêmero da paixão, a liquidez do amor e o término dele na mesa do bar. Tudo isso junto e misturado lindamente em verso e melodia.
Parece que o disco foi produzido com canções àqueles que desejam se esquecer e se acharem apenas 14 faixas depois, com Beijador onde o arlequim se joga no amor da colombina.
Depois de tanto escutar Arlequim elegi minha favorita: Coisado. Qual a sua?!
Bravo Bernardo, Bravo!
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