Resenha: Dani Black

Resenha: Dani Black

Dani Black - Divulgação 3

Já me peguei fazendo isso inconscientemente: aperreada, cheia de coisas externas me importunando e, no meio do tumulto tumultuado, botei Dani Black pra tocar. Nas duas primeiras vezes, não achei algo lógico nesse ato impensado e meio ‘insano’. Mas da terceira em diante, pensei: eu não acredito que recorro sempre a esse ‘menino’, não! E né que essa música me acalma DE VERDADE! (Um pensamento com direito a sotaque paraibano e tudo… rs…)

Uma pessoa que traz a música como um afago na alma não poderia ter de mim apenas uma resenha. Eu vim hoje pra escrever rasgando mesmo o coração. E pra quem não gosta de sensibilidade, pode ir parando por aqui mesmo… Tchau! Adeus! Já vai tarde! =*

………….

Bom, vamos bater um papo agora com as mentes pensantes… Porque, na verdade, não existe essa coisa de ‘quem pensa não sente’. Acredito que a razão é fruto mesmo da fusão de uma cabeça que sente e um coração que pensa. E é nesse contexto que se encaixa perfeitamente a obra de Dani Black: sua música é mais do que expressão, ela comunica. E ela comunica justamente porque é expressão de um sentir. Não sei se as suas letras falam apenas de seus sentimentos, mas que ele sente tudinho… Ahh! Isso ele sente… Aposto com você!

E por ser inteira, sua música também é completa, pois há uma continuidade no fazer artístico: a bela composição se une à zelosa execução e a uma interpretação cheia de emoção e verdade. Poucos fazem isto com maestria e (pra mim) Dani Black se une ao time da (minha) lista dos melhores: Moska, Ivan Lins, Milton Nascimento. São os que me fazem arrepiar, cantar, sorrir, chorar, pensar, criar, recriar, acordar pra vida (e até dormir de tão bem que fico quando ouço).

No programa Zoombido, de Paulinho Moska, ouvi do próprio Dani algo que me fez entender ainda mais porque é fácil gostar de sua música: eles são uma coisa só. Sabe unidade, identidade? Pois é, é isso! “Eu fui seduzido pela música sem perceber. Quando vi, eu já era música também”.  Ele ainda comenta que a música surge da vida, um diálogo com o estar vivo.  Pra mim, é a espontaneidade do verdadeiro artista. Aquele que vive a riqueza de ser “despudorado a experimentar e ir pra qualquer lado” sem receio de fazer errado, pois o que importa é a verdade do fazer.

Falei um bocado e nem comecei a escrever sobre suas letras. Será que tenho gosto em escrever sobre ele?! Passaria dias… Escreveria um livro… Porque cada letra dá combustível pra muita volta ao mundo. E é assim que me sinto: dando volta ao mundo sem nem sair do meu quarto. E eu me sinto confortada e compreendida por ter quem cante os sentimentos e pensamentos que pareciam ser só meus. E eu grito silenciosamente: não estou mais só! Uhull! (E muito bem acompanhada por sinal…)

Aí, além dele compor minha vida e cantar lindamente, inventa de regravar uma canção do meu disco favorito de um dos Chicos preciosos desse país: o César! Um cabra da minha terra que, sem dúvida alguma, entra naquela lista que citei lá em cima.

Aí, além dele regravar Chico César, inventa também de compor a minha música favorita do novo álbum de Maria Gadú Perdão, Gadú, mas “Linha tênue” NÃO tem parêa! Seu álbum tá uma lindeza. Mas ao ouvir essa letra, eu falei: “homi, que coisa genial é essa?!”. Quando vi o encarte e vi quem era o pai dessa coisa linda, aí constatei: “é, só podia ser ele. É o menino que canta e eu fico em paz…”

E eu termino com a minha própria versão de “Miragem”. Uma versão ‘peba’, mas é a minha versão (rs): “Nada que eu diga nessa [resenha] mostra ou explica meu coração”

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Uma criatura moleca que gosta de ser discreta. Paraibana, arquiteta e urbanista, artesã, missionária. Entende o ato de escrever também como missão. E, assim, escreve como quem reza: com verdade, simplicidade.. sem regras. Fala sobre música com a razão do que sente. E sente tudo o que fala.

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