David Calderoni – A Casa Pelada (2019)

David Calderoni - A Casa Pelada (2019)

“A vida tem feito sentido?” – perguntava David para o grupo psicoterapêutico que fazíamos juntos.

David Calderoni é pós-doutorado em psicologia pela USP, entre outras inúmeras atividades e histórico que poderiam ser citados. David já fez documentário, livro de poesia e mil coisas. E, por conhecê-lo, afirmo: transbordante explosão de sentido o significado que não cabe em qualquer invólucro. Esta é uma resenha pessoal do seu quinto disco, “A Casa Pelada”.

É necessária muita análise para preencher os vazios que permeiam a existência e a comunicação que tenta desvelá-la, por vezes em forma de música e até inventando palavras. A completa experiência entre melodia, arranjo e letra vocalizada estão nas 12 faixas do disco. Brincadeiras fonéticas que vão além, e alá, a turma clássica do Chico Buarque, como em “Ser Livre Daniel”, meio Caetano também – essa clássica contemporânea musicalidade brasileira ovacionada na era das canções.

David é tio e fã de Vinicius Calderoni, do Cinco a Seco, além grande amigo de vida e música do ex-senador Eduardo Suplicy. Uma figura ímpar dentro dos números primos.

Letras líricas ricas em expressão e análise. Mergulho que David faz ensinando, atuando em consultório e, obviamente, na composição. Canta a vida, a família, com muitas músicas para filho, neto – como em “Caetaninar”, feita para embalar o sono do neném; “Canção para Theo” e “Li-Alice”. O disco é feito em parceira de Gabriel Oliveira na produção geral e outros instrumentos, músico que também tem trabalho próprio.

“As guerras são necessárias? Você sabe o nome disso? Sabe o que é o amor, não como uma letra sem alma? Você poderia fazer isso por você?”

A música tema do disco “A Casa Pelada” ganhou animação bem bacana!

Show de lançamento do disco: 24/08, às 18h30 – R. Minas Gerais, 201 (SP) – entrada gratuita.

 

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Adon, paulistano, músico, psicólogo, educador e colador de tirinhas de jornal, discute temas como o comportamento contemporâneo, com algumas ideias utópicas e outras distópicas. Acredita ser quente mesmo usar o computador como uma espécie de exocórtex e no futuro a decoreba será extinta, já que teremos todas as informações à mão, ou no olho, como quiser. E isso sim é revolução, evolução, enfim..."

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