A Vida Na Montanha Russa: Desabafo de Um Quarto Mudo
by Dayana Pinto
Esses momentos de solidão. Esse quarto, e o que eu não vivi nos últimos cinco anos. E que já carrega tantas histórias nos últimos o que, 8 meses?
Não sei. Não fiquei contando os dias em que chorei copiosamente. Só me lamentava, porque nada era mais complicado do que acordar, ter mais um dia pra viver.
Hoje, eu entendo o despropósito que foi ter vivido assim. Mas ontem, era tão doído, sabe!
Abri todas as gavetas, me deparei com fotos e lembranças. Com o que não me pertencia e no entanto era meu.
A volta é sempre complicada, principalmente quando não esperamos por ela, quando não estamos preparados para encará-la de frente. Quando só o que nos resta é ir levando aos trancos e barrancos.
E os barrancos são imensos, e nossos trancos tão frágeis.
Fui observando, que se não nos cuidarmos, acabamos soterrados pelos problemas. Que fugir nunca será a melhor solução. E que não existe mágica para aliviar os apertos.
O que existe é o perdão interno, o que nos tira do fundo do poço é a nossa força de vontade. Que a depressão não é uma brincadeira. E que estar deprimida nunca foi uma escolha, mas sair desse estado de tristeza, sim.
Não posso dizer que passou, ainda é difícil. Mas tudo bem. Pelo menos, eu mudei os móveis de lugar. E esse quarto é um pouco meu agora.
E o que importa, é que eu aprendi. Na verdade, eu aprendo todos os dias. O mundo pode me julgar ingênua. E qualquer um pode achar que eu sou imatura.
Mas ando feliz depois de constatar tudo isso: Nunca fui tão sensata em relação ao meus sentimentos.
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