#Descubra as bruxas cantadas por João Bernardo e A Transe

#Descubra as bruxas cantadas por João Bernardo e A Transe

“Estamos vivendo um momento no Brasil e no mundo em que muitas opressões estão sendo desveladas. Todo mundo precisa se rever numa crise como esta, se quisermos um mundo diferente. É preciso que venha à tona tudo que estamos vendo para que possamos compartilhar cada vez mais a importância de entender que a forma que a perseguição aparece tem a ver com o espaço social, espiritual e afetivo que cada um vive, que cada grupo ocupa. A música ‘Na Fogueira’ surge dessa sensação de que o fundamentalismo religioso tem comprimido formas de viver e cumprido um papel de ataque. Falamos desse projeto de homogeneização que nos leva para uma viagem diretamente ao passado/presente que menos nos orgulha enquanto humanidade.

Diariamente, assistimos a políticas, ações e opiniões fundamentalistas sendo utilizadas como argumento para deslegitimar o mundo novo que queremos. Esses ataques geram consequências reais para as pessoas e, ao mesmo tempo que nos assusta estar diante desse horror e de tanta violência, esse mesmo sentimento nos coloca em um movimento para entendermos cada vez mais as nuances da sociedade que queremos construir. E por isso que, mesmo diante desse medo que isso nos dá, construímos nossa catapulta para avançar e lutar.
Sigamos.”

— João Bernardo e A Transe

E foi no meio de uma pandemia chamada intolerância, confinados na democracia de seus lares e protegidos pelo bom senso que João Bernardo e A Transe lançaram “Na Fogueira” – um lugar onde as bruxas seguem sendo queimadas por simplesmente questionarem.

João já é figurinha carimbada no nosso Jardim. Este ano, ele lançou o disco Encontro dos Rios, no começo da pandemia, que você pode conhecer clicando aqui.

A Transe está estreando por nossas colunas, mas já tem um disco belíssimo lançado, indo da delicadeza da gestação à intensidade do nascer de uma maneira psicodelicamente bonita. Ouça “Hora Dourada”!

 

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Carol Tavares é jornalista. Passou pela MTV, pela Bandeirantes e a hiperatividade levou seu caminho a cruzar felizmente com o Jardim Elétrico e criar a produtora Jazz House. Apaixonada por música, pelo amor, por Alberto Caeiro e por seu acampamento no Jalapão.