Duda Brack “é” tudo aquilo no palco do Pompeia
Conheci a Duda em 2011, durante o festival de música de Sorocaba. Lembro de uma cantora ainda tímida, representando uma música intensa no palco: “Because Ousa“. Não à toa, ela ganhou o prêmio da noite.
A artista ainda não ousava no figurino ou na atuação. Mas a voz… Ah! Aquela voz! Lembro de ter feito um elogio discreto no camarim: sua voz é linda! E também do “obrigada” acanhado que ela retribuiu.
Dali pra frente, o nome Duda Brack marcou. Eu sabia que ouviria muito ainda falar nela e ouvi. Mas, cada vez que a via no palco, tinha mais força, mais intensidade, mais ousadia. Apresentações dessas que rasgam a alma e descompassam o coração.
Quando o disco “É” surgiu na minha timeline, foi uma daquelas facadas no peito. Só musicão, guitarras bem arranjadas e ornando com um groove rock abrasileirado de fritar o amor e deixar a tristeza raivosa.
Não poderia ser diferente no palco do SESC Pompeia. Nem a falha do microfone logo na primeira música foi suficiente para tirar o brilho da apresentação – bem amparada pela banda sensacional que traz, entre os nomes, o guitarrista Gabriel Ventura (Ventre e Cicero).
O mesmo disco “É” foi representado com toda a força e cuidado que merece, com direito a performance no chão e de pé na bateria. Além disso, trouxe as participações mais que especiais de Chico Chico (o Chicão, da Cássia Eller) e Caio Prado – uma das novas vozes da música brasileira e uma das mais bonitas de quem você pode ter ouvido falar, com aquele timbre aveludado e arrepiante a la Milton Nascimento.
O show fez parte da série de apresentações que relembram as melhores edições do Prata da Casa em 2016. Este sábado (18), é a vez da Guido subir ao palco, agora sob nova alcunha – Suavão. Você pode acompanhar o show de perto ou pelas nossas redes sociais: Instagram @o.jardimeletrico ou Facebook.com/jardimpb.
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