Espaguete de Linha Telefônica: Pense e Pare de Pensar
by Lucas Adon
Eu.Que sou eu, senão confidente de mim mesmo? Por que não então, ser sincero ao máximo que conseguir? É preciso coragem, para rever a si próprio.Se desmantelar, se dissecar e colocar as peças num microscópio.Dentro de um quebra-cabeças desmontado.Tipo quando o cofrinho se quebra para a conta das moedas.
Só assim para compreender o que se entendeu e o que se deixou de viver. Escolher é sempre renegar, é “perder sempre” como dizia o Rafinha, filho do Jô Soares.Tudo é fim e recomeço, tudo dói ou sorri, tem um preço.Você já ia pagar mesmo:exija nota fiscal.
Que sou eu, senão um conjunto de órgãos consciente? Da própria memória fico a par, mas quão bizarro são os achismos da minha mente? O estranho me é peculiar.
Diante desse discurso libertador, os que estão para nascer já estão mortos.Procriar acaba por ser uma dor, ignorância um alívio. Por mais que possa ser lúdica, a consciência é uma via de mão única, mas não sou eu que a sou! Sou um morto!
Viver nesse contexto é o mesmo que estar aqui, mas ao mesmo tempo, saber que um dia eu vou esquecer, que pude perceber que existi.
A razão não tem razão deser. Escuta o som do coração se você quiser a felicidade.Troco minha vida por um pão amassado, uma língua por um pulmão. Não me canso de escrever, tentativas de descrever o que é você, mas não tenho vocabulário,nem lendo o dicionário, para verbalizar tal experiência. É real!
Escrevo rimas ridículas e infantis, pois dizem que sou difícil, profundo e abstrato, o que saiu da caverna e voltou, o sozinho ao lado. Porém, tudo são impressões. O homem dimensiona sua vida: pensa, age, sente e interioriza. Você já estava aqui bem antes de saber como seria.
Escuta o som do coração, a emoção não tem razão.
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