GABRIEL ACAJU LANÇA DISCO GRAVADO COM CELULAR

GABRIEL ACAJU LANÇA DISCO GRAVADO COM CELULAR

Já pensou gravar um disco usando o celular? Gabriel sim! Usando só o microfone do fone de ouvido do celular, o músico gravou seu álbum de estreia, BrasilLofi, que chegou este mês nas redes. Sem adaptadores ou amplificadores, tudo foi gravado em casa, um modo bem sugestivo para o momento que estamos vivendo agora.

Gabriel nasceu na cidade de Juiz de Fora – MG, começou sua carreira em 2017, lançando seu primeiro single “Sagacidadinheiro”.  Esse ano lançou novas músicas,  “Ninguém Fala Deus Deus” e “Solitude”, que fazem parte do BrasilLofi.

Em entrevista ele conta como foi se apaixonou pela música e dá detalhes da gravação do seu disco.

Leia na integra:

1. Fala um pouco da tua história na música.
Meu primeiro contato com a música que eu me lembro, foi com meu pai que me sentou em frente ao monitor de áudio enormes que a gente tinha em casa e colocou um vinil do Iron Maiden, “No Prayer For The Dying”, e disse que quando acabasse era pra chamar ele. Só lembro que depois disso eu não saía mais da frente do toca discos, aí veio Michael Jackson e eu pirei, resolvi que queria ser músico. Ganhei meu primeiro instrumento aos 11 anos de idade, um baixo Washburn, tenho até hoje. Toquei uns covers na minha escola, no meu aniversário, em aniversário de amigos e assim fui passando por várias bandas até começar a me apresentar solo em 2017, tocando as músicas que então entrariam no meu primeiro álbum, Brasil Lofi.

2. Como foi o processo de gravação do disco? Como surgiu a ideia de gravar com celular?
Foram quase 3 anos criando as músicas do álbum, foram mais de 40 no total, escolhi  7 e comecei a produzir as demos no celular. Eu fui gostando tanto de como as demos estavam ficando, que resolvi aprofundar mais e polir o máximo possível. Gravar no celular foi além de opção, foi necessidade e porque gosto da textura sonora que dá, parece que eu estou andando no centro da cidade tocando as músicas no fone.

3. Quais foram suas influências durante a gravação desse álbum?
Até então eu vivia numa espécie de “bolha gringa”, não ouvia nada brasileiro, praticamente só ouvia David Bowie, que com certeza é a maior influência do álbum. Durante o processo de criação das músicas, fui conhecendo gente nova sabida de Brasil, que me fez aprofundar em Baden, Tom Jobim, Vinícius, a galera da Tropicália, enfim. Dissequei Tom Jobim e David Bowie pra fazer esse álbum.

4. Se você pudesse escolher uma música pra definir o álbum, qual seria?
Eu escolheria “Você Me Fez (Egoísta),  é uma música que eu escrevi com pura emoção (coisa que não acontece muito com Capricórnio ascendente em Capricórnio), que mesmo depois de uma noite daquelas com o boy, saindo à francesa no dia seguinte, você se pergunta: Sabe de alguém que te mereça? Pois é nem eu.

5. Como estão as apresentações online? O que você vem aprendendo com o isolamento?
Difícil, porque é no palco que eu sou 100%, difícil não poder viver na máxima potência, sem vergonha. Esse isolamento está me ensinando a amar mais as pessoas em primeiro lugar, manter o ambiente que você vive sempre limpo e organizado, pela saúde física e mental, e lavar as mãos regularmente. Fique em casa se possível.

6. Quais seus planos para um futuro pós pandemia?
Gravar os clipes do BrasilLofi que já estavam marcados e aglomerar com a minha banda, ensaiar bastante pra levar esse álbum num show lindo para vocês! Quero tocar em São Paulo também, não vejo a hora 🙂

7. Diz aqui o que quiser. O espaço é todo seu.
Use maquiagem, se joga. Não coloquem religião na frente dos deuses. Beba água. Me ouça muito. Um enorme beijo para os meus fãs, te amo.

Ouça o disco abaixo:

https://www.youtube.com/watch?v=hewO3EOn3rA

 

 

 

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De São Paulo, apaixonada por cultura, arte e comportamento humano. Movida a música.