Resenha: Guilherme Kastrup

Resenha: Guilherme Kastrup

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Kastrupismo – Podia até ser considerado um verbo. Porque é fácil de ser conjugado. É simples, humano e natural. Como se aquela percussão toda fosse o baticum do nosso coração que vai ressoando junto com a música. Mesmo ritmo, mesma toada. Traz uma dose meio ancestral, como se tudo fosse de um tempo passado em que não vivemos, mas nos lembramos. Sim, é isso. É o que melodia nos faz sentir.

Daí, surge a letra. Agora tem palavra. Agora é melodia e canção. E aí, tem outras doses tantas de influências contemporâneas. Então, como pode isso? Fiquei pensando aqui. Um cara que faz diálogo virar música, que faz palavra puxar palavra, que versa sobre um montão de coisas. Sei lá, deu um nó. Então, fui buscar na fonte.

Guillherme Kastrup, não é novo no cenário musical, participou como instrumentista, gravando com grandes artistas como Chico César, Arnaldo Antunes, Gal Costa, Ana Carolina, Zizi Possi, Adriana Calcanhoto, Jorge Drexler (Uruguai), Roberto Fonseca (Cuba), Tokiko Kato (Japão), Krishna Das (EUA), Zeca Baleiro, Márcia Castro, Bruno Batista, Chico Lobo, Vanessa da Matta e José Miguel Winsnik. O cara é definitivamente uma influência e tem muito know-how.

O que mais me impressionou? Saber que, mesmo eu o tendo conhecido há pouco tempo o talento nato desse cara, eu já sabia dele antes, eu já tinha escutado e me envolvido por meio desses tantos artistas que ele cunhou e acompanhou. Kastrup sempre esteve presente. Agora com nome e sobrenome, agora devidamente conhecido e reconhecido por mim. Não que isso seja muito, mas é tanto. A arte tem dessas coisas.

Tô aqui pensando na força disso. Se eu tivesse um atabaque até tirava um som. É essa energia que o moço fez brotar em mim.

Quer escutar o som do cara? É só colar no dia 17/04 no Sesc Pompéia. O show contará com a participação de Edgard Scandurra, Benjamim Taubkin e Zé Pitoco. E vai contar também com o lançamento do delicado e sensível vídeo-arte da Anna Turra.

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Day, louca sem ponto nem vírgula, aventureira na escrita, engajada nos rolês poéticos, costuma ser atropeladora de caô e, vive sempre na montanha russa.

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