Artigo: O Doce Som de Blubell

Singela, inocente e ao menos tempo com maturidade musical invejável. Esse é um ótimo resumo do que a moça Isabel Fontana Garcia, mais conhecida como BluBell, pode fazer em benefício de seus ouvidos, com jazz apuradíssimo e pitadas de rock e blues.

Composições próprias permeiam o repertório da moça paulista, que já fez suas traquinagens com a galera do Funk Como Le Gusta e que há algum tempo segue em carreira solo. E ela tem o aval de gente grande para continuar: Marisa Monte, por exemplo, a escuta declaradamente em entrevistas desde 2007.

Lançou em 2006 o álbum Slow Motion Ballet pelo selo independente Super Reds e, repleto de composições próprias, conquistou críticos dos principais jornais paulistanos.

Apresentações em pequenas casas de show foram ganhando espaço na vida da moça. Entre um pocket show e outro, conquistou um público fiel que sempre leva alguém pra ouvir o “som que acabou de conhecer”. O fato acontece desde o primeiro disco.

Seu 2º trabalho, intitulado Eu Sou Do Tempo Em Que A Gente Se Telefonava saiu em 2011. Curiosamente fez sucesso no Japão e esteve lá recentemente para um miniturnê em cinco cidades, convidada pela embaixada. Em 2009 a música Chalalá foi abertura da minissérie Aline, exibida na TV. Os fãs aumentaram, é claro.

Autoral e confiante

Com BluBell e BlackTie, lançado em março de 2013, a menina ganhou na categoria de Melhor Disco Em Língua Estrangeira, no 24º Prêmio da Música Brasileira. Agora com Diva É A Mãe, BluBell faz uma releitura de si mesma e joga na cara de todos um trabalho autoral e praticamente 100% autobiográfico.

O tapa, entretanto, é delicado e doce, como a voz e a melodia que seguem com o jazz, pop, rock e blues, não necessariamente nesta ordem. Portanto, cuidado ao assistir a seus shows ou mesmo ouvi-la numa tarde de outono: apaixonar-se é o menor dos acontecimentos!