Resenha: Pitanga em Pé de Amora | Pontes Para Sí
by Dayana Pinto
“Pontes para si – (des)construção do Eu. Daquilo que é próprio do ser. Daquilo que humaniza. De um lirismo tão nosso. De um olhar para si. Daquilo que nos faz vivo. Daquilo que nos emociona. Das nossas raízes. Dos nossos pés no chão. Do que nos denota gente. Nossa porção maior.
Esses caminhos são cantados pelo Pitanga em Pé de Amora. Formado por Flora Poppovic, Diego Casas, Daniel Atlman, Gá Setubal e Angelo Ursini. Juntos desde 2008, esses cinco jovens compositores e arranjadores dão uma roupagem novíssima à MPB.
“Pontes para si” é o mais recente álbum do grupo e estará disponível na íntegra para download. As 14 faixas são composições coletivas e inéditas – todas assinadas pelo quinteto. O processo de concepção musical do disco nasce da relação deles, com o Swani Jr como catalisador de timbres, de possibilidades sonoras. O projeto gráfico é assinado pelo artista André Farkas.
O Pitanga foge do lugar comum do cancioneiro popular. Eles não seguem padrões pré-estabelecidos. As influências do grupo são tantas e se misturam…
Em “Pontes para si” o grupo continua com a sua essência em alta, mas aponta para novos ritmos e texturas, tais como: jazz, valsa, xote, baião, gafieira, funk, maracatu e samba. Eles ainda recebem convidados como Mônica Salmaso, que faz dueto com Flora Poppovic em ‘Ceará’, e Teco Cardoso (sopros). A soma desses sons é um primor, resultado impecável, um verdadeiro deleite aos nossos ouvidos.
Com arranjos luxuosos e num clima completamente plural, esses meninos com alma de poeta nos comovem: são como setas que nos apontam estradas e possibilidades. E nos encantam com a não previsibilidade – como Pitanga em Pé de Amora.”
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