Resenha: Lucas Vasconcellos – Silenciosamente

Resenha: Lucas Vasconcellos – Silenciosamente
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Depois de fazer um disco pra chamar de “seu”, em Adotar Cachorros, Lucas Vasconcellos revisa sua discografia e apresenta Silenciosamente, uma reunião de suas principais composições e ainda outros clássicos como “Brigas Nunca Mais”, de Tom Jobim, “Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda”, de Hyldon, “Teatro Dos Vampiros”, da Legião Urbana e “Lady Grinning Soul”, de David Bowie.

O disco é novo, mas foi feito como antigamente. “Gravei tudo em estúdio da forma que se gravava um take há 50 anos atrás: apenas microfones captando um corpo que canta e toca um instrumento simultaneamente. O som gerado na sala é capturado e pronto. Sem edições, sem nenhum recurso de pós-produção ou modeling sonoro”, revela Lucas.

A primeira faixa do disco é “Na Rua, Na Chuva, Na Fazenda”, de Hyldon, com uma pequena inserção de “Balada do Louco”, dos Mutantes, no meio. Quem se acostumou a ouvir Paula Toller entoar essa canção vai se surpreender. Lucas tem um tom melancólico na voz e traz uma nova interpretação da música. Talvez aquele alguém você não queria que esteja sempre com você.

Das composições de Lucas vale destacar  “Eu Não Vou Chorar Por Fora”, “O Amor Tem Que Ser Mais Do Que Saber Escrever Uma Carta” e “Adotar Cachorros”. O tom intimista expõe a alma de cada letra. É possível quase tocar a tristeza da primeira. A segunda lembra a perversidade de amores que precisam de fraqueza dos outros para se sentir maior. E por fim, o pesado amor da terceira.

Outra boa releitura desse disco vem de “Areia Fina”, que está no disco Manja Perene, do Letuce. A versão voz e violão traz à tona essa letra, que é uma poesia do começo ao fim.

Lucas reuniu boas composições, criou um clima intimista, e conseguiu – como queria – “respirar um pouco”. Mais do que isso, Lucas conseguiu transpirar mais ainda suas canções. Levar um lado mais introspectivo e reflexivo de sua música, que merece atenção.

Confira Silenciosamente:

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Fã de Dire Strais, amante do chutebola e com uma queda gigante por música! Usando pseudônimo por razões contratuais.

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