Resenha: Luiza Sales | Aventureira

Aventurar-se é pra poucos. A maioria das pessoas teme o que não conhece. Sair de casa, explorar o mundo, enfrentar medos, pular de bungee-jump. Aventurar-se em um novo trabalho, sair da zona de conforto. Ou, no caso da Luiza Sales, imergir num projeto autoral, compor canções, melodias, arranjos… da ousadia em arriscar nasce Aventureira, seu segundo álbum.

Com dez canções, o disco inicia com a aventura de ter um filho e explicar que ter medo é normal, mas é preciso encará-lo de frente, como remete a primeira música Chuva. Já Janelas Floridas, tem cara de lar, aconchego de casa. O amor que chega aos poucos, de Mansinho, não deixa de ser uma aventura, quando você se dá conta, já está rendido, entregue. E no momento em que está apaixonado, qualquer sábado de manhã vira cena de filme: “Bonito é quando vejo você como as estrelas brilham no olhar”, ela diz. Será que existe sentimento melhor que acordar e saber que enfim existe alguém que realmente importa ao seu lado?

Se tudo é aventura, tudo é Canção de Amor também, o solo de bateria no início da faixa imita o coração palpitando, a valsinha da música embala uma dança a dois. Força do Tempo tem melodia linda, com metais e madeiras do grupo Inventos (https://soundcloud.com/inventos – linkar), e percussão de frevo. E Leve é fluida, boa trilha sonora pra trabalhar.

A canção-título do disco é a eterna busca de querer ser multi-mulher, várias ao mesmo tempo, com todos os defeitos e qualidades. Aventureira.