Resenha: Vitrola Sintética

Resenha: Vitrola Sintética

“Aqui, seu bilhete. ” – Disse-me o amigo Eduardo Lemos em uma mensagem com as músicas deste terceiro disco do Vitrola Sintética. Links hoje são como portais.

De fuça fui teletransportado para um laboratório químico de sons que borbulham em tubos de ensaio. Em pipetas que, a fogo baixo, com a agulha do vinil digital, transcrevem em forma definida uma ambiência timbrada de piso elétrico.

Felipe Antunes (voz e guitarra), Marcelo Bonin (bateria e sampler), Otávio Carvalho (baixo e programações) e Rodrigo Fuji (guitarra e piano) conseguiram primazia na qualidade de produção. Dá para ouvir de forma perfeita todos os detalhes dos instrumentos muito bem equalizados.

“Sintético” foi gravado entre janeiro de 2014 e janeiro de 2015 no estúdio de nome psicodélico Submarino Fantástico, em São Paulo, onde, com cuidado e destreza, eles devem ter tirado um racha com o Submarino Amarelo dos Beatles. São 11 faixas de espectro rockeiro com participações especiais de Bárbara Eugênia, Maurício Pereira e Gustavo Ruiz.

“Cara, vai ser uma pena se você não ouvir a faixa “Vai ser uma pena” até o fim… eles estão tocando um Atari! ” – Pensei em dizer isso para vocês, leitores-passageiros.

Enquanto eu escutava, e sentia, o disco simplesmente foi indicado ao Grammy Latino nas categorias Melhor Artista Revelação e Melhor Engenharia de Gravação, e na raça! Eles não estão no panteão do Quem Indica, mas sim do Quem Faz! E isso sim é reconhecimento.

Dá a corda e acorda para um Mergulho no som Etéreo do disco Sintético.

Download: www.vitrolasintetica.com.br

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Adon, paulistano, músico, psicólogo, educador e colador de tirinhas de jornal, discute temas como o comportamento contemporâneo, com algumas ideias utópicas e outras distópicas. Acredita ser quente mesmo usar o computador como uma espécie de exocórtex e no futuro a decoreba será extinta, já que teremos todas as informações à mão, ou no olho, como quiser. E isso sim é revolução, evolução, enfim..."

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