Rolo Elétrico: Do luxo ao lixo
Discrepância social e econômica se tornou nossa realidade de forma tão chocante que se tornou lugar-comum. Clichê! Isso se aplica também ao que as artes expressam.
No entanto, isso foi abordado de forma real, mas completamente nova. Uma esquiva ao clichê! Quando é mostrado que no lugar mais horrível e desgraçado do mundo, existem boas ações. Mas existe também o medo e o quão ágil é a adaptação dessas pessoas ao ambiente que vivem quando são ameaçadas. E a ameaça vem de quem deve nos proteger delas.
Em Trash – A esperança vem do lixo, temos um lixão que vira local de investigação quando uma carteira contendo evidências de um crime político/miliciano foi aparecer por lá. Sim, em um lugar, entre trocas de materiais como cobre, alumínio e bronze por alguns míseros centavos, que ajudam na vida podre, sim, podre como as frutas que comem para sobreviver. Não há questão de viver nesse lugar.
Mas isso não condiz com uma certeza: o ser humano é maior do que o lugar que vive! Para proteger e investigar por conta própria, três meninos buscam respostas e por que um policial de fala mansa os incomoda e parece estar ligado à corrupção.
Ele poderia ser mais um thriller policial B com Steven Seagal, mas para alegria deste embasbacado cinéfilo, a mensagem foi mais além. Profunda! O vilão é a opressão! É o estado. A justiça é só mais uma vítima, mas é vingativa. Ela bate, espanca, tem sangue nas mãos algumas vezes, porém, sem ultrapassar e andar nas linhas da vingança.
Mas o que é vingado aqui? Afronta à corrupção barata e da proteção comprada e falta de senso policial? Ou vem cá, aqui entre nós, acha que a polícia corrupta claro, vai ligar os poucos ou muitos anos de vida? A vida é o que menos importa em um jugo tão sujo quanto garrafas, resto de comidas e urubus voando.
Filme: Trash – A esperança vem do lixo
Ano: 2014
Elenco: RicksonTevez, Eduardo Luis, Gabriel Weinstein, Wagner Moura, Selton Mello, Rooney Mara e Martin Sheen
Diretor: Stephen Daldry
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