Rolo Elétrico: Juventude 35mm

Rolo Elétrico: Juventude 35mm

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Parando para refletir, talvez os momentos da juventude que todos nós passamos sejam iguais ou se não, semelhantes. As indagações sobre o porquê da sua mãe e seu pai não morarem juntos; o porquê do seu padrasto ser um bêbado machista e principalmente, porquê toda a sequência de fatos que aconteceu o levou até onde exatamente queria estar. A faculdade chegou e à partir disso, uma nova vida começará.

Ao longo de corajosos e incríveis doze anos, Richard Linklater segurou um elenco fixo e mostrou que criou sua obra-prima e inovou tecnicamente no cinema. Boyhood é um registro de identificação com as infâncias e adolescências. O que cada um vive nessas fases, claro, é diferente. Mas o que não  muda é a sensação de que você se transforma, você analisa e vê seu desenvolvimento no espelho. O cabelo ficando grande, a voz engrossando, a criação de corpo mais robusto e mais preparado. É claro, o som ligado ao fundo e nele está passando a música da época. A música, aliás, é também um fator importante que registra à qual época ela pertencia na sua vida. Não é à toa que quando ouve determinado som, aquilo que a maioria classifica como o sentimento de “nostalgia” nos arremeta e já nos resgata lembranças do que aconteceu quando ainda procurava amigos para fazer durante o ensino médio.

Os passeios com o pai, as formações acadêmicas, a construção daquilo que almeja. O gosto por alguma coisa como fotografia, artes ou música. O primeiro carro, a primeira namorada. A primeira transa na casa da amiga da irmã, claro, isso é clássico. As ideias socialistas referente ao quão a rotina de estudos parece ser cansativa e determinantemente imposta para que o livre-arbítrio não se aflore nos calouros recém-chegados e que nem os veteranos toquem no assunto em aulas de filosofia ou ciências sociais
Em outras palavras, nossa juventude é como se fossem pequenos contos que, com um pouco de lirismo, retratam acontecimentos que nos afirmam como somos agora e como estaremos diante das mais difíceis etapas da vida.

Espero que você possa ler esse texto mas claro, sem atrapalhar sua transa no carro com a patricinha do colégio!

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Jornalista hiperativo, estranho e que ama falar e escrever. Sou o que sempre busco ser. Comunicar e mudar as pessoas. Levar o bem através de tudo que amo!