Resenha: Silva ‘Vista Pro Mar’
Mais difícil do que falar do novo disco do queridíssimo Silva é, por fim, conseguir parar de escutá-lo.
O mais novo trabalho do artista foi intitulado “VISTA PRO MAR”; o nome do disco retrata exatamente a calma e a sutileza das canções presentes no disco, algumas com batidas um pouco mais intensas e outras com um toque tão leve que realmente nos remete a ideia de brisa do mar.
Ouvir as canções de Silva e não se imaginar sentado em uma pedra olhando o mar é praticamente impossível e os sons dos instrumentos em algumas canções são inquestionavelmente parecidos com o barulho do mar ouvidos de dentro de uma concha.
Talvez por ser um pouco diferente do disco anterior, este tenha obtido uma nota número 8 em relação ao gosto popular, mesmo assim, o artista não deixou a desejar e mergulhou fundo em suas vontades e colocou pra fora todas as questões envoltas nas dúvidas e questionamentos do próprio eu.
A instabilidade do cantor, ora triste e melódico, ora alegre, faz-nos sentir um mar de verdade – lugar onde a inconstância encontra abrigo –. A nostalgia e a euforia foram dois extremos muito explorados por Silva no “Vista pro mar”.
Confesso que estou embriagada pela água do mar, já posso sentir a maresia me tocar o rosto no entardecer e os grãos de areia consumindo os meus dedos dos pés, mesmo estando a quilômetros de distância do litoral mais próximo (viu do que o novo disco do Silva é capaz?).
“Não dê bola, o dia está lindo”, sai pra fora antes que escureça e o mar se junte a lua para conhecer o mais novo mundo arquitetado por Silva.
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