Vamos tomar um café na sala de espera da Vó Tereza?

Vamos tomar um café na sala de espera da Vó Tereza?

É aquela coisa: de amigo a gente puxa a sardinha. Como um bom professor de uma escola com partido, Jardim Elétrico vem indicar boa música independente brasileira para seu ouvido.

“Um pouco de MPB, um traço de funk, um bocado de rock e bastante groove”.

A Vó Tereza é uma big band com sete pessoas que, em 2015, lançaram “Não Repare a Bagunça” – com um clássico de bar maravilhoso e muita energia de rock/groove/brazuca. Ganharam até prêmio com encarte inovador.

Sai agora “Sala de Espera”, sob a produção de Caio Andreatta, do reconhecido grupo Capela, com metais, cordas, cama, mesa e banho acompanhado: arranjos de festa e dinâmica de curtição lírica. A cara da banda.

Tem solo de guitarra, psicodelia, calmaria, ritmo brasileiro forte. O trabalho vocal está muito bonito, com abertura de voz e dinâmica da banda dando clareza às letras, com temas meio Drummond, meio Bandeira.

O som deste disco traz a continuação de um fio condutor com o antigo. “Sala de Espera” é um lugar necessário de limar imediatismos e obviedades. É, de fato, acolhedor como uma Vó te acalentaria, mas porreta como Tereza – “sem medo de dar cara a tapa feito vira-lata, com sede de dar murro em ponta de faca”, como diz a música que a cantora Nina Oliveira participa.

A família da Vó Tereza é Thiago Biral contrabaixo, Luca Gorga bateria, Marcelo Tuma, percussão, Spiga Bastos e Fe Lima guitarras, Paulinha Malvar e Natan Kurata nos vocais.

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Adon, paulistano, músico, psicólogo, educador e colador de tirinhas de jornal, discute temas como o comportamento contemporâneo, com algumas ideias utópicas e outras distópicas. Acredita ser quente mesmo usar o computador como uma espécie de exocórtex e no futuro a decoreba será extinta, já que teremos todas as informações à mão, ou no olho, como quiser. E isso sim é revolução, evolução, enfim..."

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