ERASMO CARLOS – CARLOS, ERASMO – 1971
by Pedro Cindio
“Considero o Carlos, Erasmo minha estreia na música adulta depois do prazeroso BÊ-A-BÁ da Jovem Guarda”. Com essas palavras Eramos Carlos define esse disco. Sinceramente, falo sem medo de errar que é o verdadeiro rei do rock brasileiro. Até hoje o tremendão faz um show pesado, no melhor estilo ‘tiozão transão’.
O disco é um marco não só para Erasmo, mas também para a música brasileira em si, pois a geração Jovem Guarda estava crescendo, e os músicos precisavam evoluir. Uns bateram no romantismo, uns foram para o rock e muitos para algo mais psicodélico.
Erasmo é rock. Sempre foi e até hoje é rockão em sua essência. Mas neste disco ele deixou o lado rock um pouco de lado e arriscou algo mais voltado ao soul e MPB. E é o lado mais maluco da MPB.
“De Noite na Cama” abre o disco, uma faixa composta por Caetano Veloso especialmente para Erasmo. A faixa por si só já era polêmica porque, na época, foi associada à apologia ao uso de maconha, depois admitida por Caetano. O mais interessante da história é o nome da música que fecha o trabalho. “Maria Joana”.
“Masculino Feminino” é algo que faz lembrar Bob Dylan em certos momentos. “É Preciso Dar Um Jeito Meu Amigo” é parceria com Roberto Carlos e um rock n roll bem típico que ele fazia na jovem Guarda. “Dois Animais Na Selva Suja Da Rua” é de Taiguara e o começo da psicodelia.
Destaque para “Agora Ninguém Chora Mais”, de Jorge Ben. uns vocais malucos bem trabalhados. Isso com um efeito surround fica maravilhoso e para “Mundo Deserto”, parceria com Roberto que tem um soul bem dançante.
O disco vale demais ter, é daqueles que se escuta do início ao fim. Para acompanhar um disco desse, indico a cerveja Harboe Strong Extra , da Alemanha. São 12% de teor alcoólico e sabor adocicado. Tomando ela dá pra chegar na sintonia do disco.
Saúde!
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