O Grande Encontro – Elba Ramalho, Alceu Valença, Geraldo Azevedo e Zé Ramalho

O Grande Encontro - Elba Ramalho, Alceu Valença, Geraldo Azevedo e Zé Ramalho

Anteriormente falei do disco dos Doces Bárbaros, que foi um encontro maravilhoso. Pensei também em outros dois encontros maravilhosos que acredito ter a obrigação de passar nesta lista. E desde já esclareço algo. Esses 100 discos e 100 cervejas não é um ranking de primeiro pro último ou parecido, apenas discos para beber e cervejas para ouvir. Nada de pódios!

O primeiro grande encontro que todos devem conhecer é o do título. Elba Ramalho, Alceu Valença, Geraldo Azevedo e Zé Ramalho juntos só poderia sair coisa boa. Um disco de violão e voz é um tanto arriscado, mas esses ai deixam o som tão completo que parece ter uma banda completa com eles.

O disco foi gravado no Rio de Janeiro em 1996 e no formato CD,K7 e LP e rendeu pouco mais de 1 milhão e 200 mil cópias. Tanto que depois saiu a parte 2 e 3, mas sem Alceu e em forma de musical de Elba.

O disco abre com Sabiá de Luiz Gonzaga  e Zé Dantas, um clássico da música nordestina. Coração Bobo, Jacarepaguá Blues, Pelas Ruas que Andei (que tem o tipo de brincadeira com a plateia que sempre achei desnecessário em um show), Talismã, O Ciúme(Caetano Veloso), Dia Branco(onde Elba tem um destaque bacana demais). Ai vem a versão de Bob Dylan, “O Amanhã é Distante” (Tomorrow is a long time), com todos dividindo os vocais.

Admirável Gado Novo “Trem das Sete” (Raul Seixas) e “Chão de Giz” dispensam apresentações e comentários, falam por si só. Veja (Margarida), “A prosa Impúrpura do Caicó”(do Chico César) “Tesouro do Desejo” “Chorando e Cantando” fecham o disco, deixando para o encerramento  ”Banho de Cheiro / Frevo Mulher”.

Por ser um disco violão e voz, não será nada surpreendente. O clima, as letras e a suavidade que ele é feito valem demais. Um disco apenas com violão e voz tem por si só a simplicidade e a intimidade com quem escuta. E é isso que este disco proporciona. Um som gostoso de ouvir em uma viagem, na estrada, ou quem sabe tomando um pouco o sol do fim da tarde, se preparando para um duplo encontro…

Lembra que no início falei que todos deveriam conhecer dos encontros?

O-Grande-Encontro-Cervejas-Brasileiras

O segundo encontro que todos deveriam conhecer é o que fizeram a cerveja Tupiniquim Grande Encontro, resultado da colaboração entre a Tupiniquim (Porto Alegre), a Nøgne Ø da Noruega, e a Colorado de Ribeirão Preto (SP), é uma Quadruppel com açúcar mascavo. Com 8,5% de teor alcoólico, é uma cerveja escura e um tanto leve para o estilo, menos encorpada. Aroma marcante de malte.

Combina com o disco que indiquei acima… Saúde!

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Pedro Cindio - Jornalista narigudo, músico frustrado e apaixonado por música, tenho um toc de só escutar discos completos. Cervejetariano e feio, mas meu humor salva a aparência.

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