Zenith – Zenith 1989
by Pedro Cindio
Nascida na cidade de Mogi Guaçu, interior de São Paulo, a banda de hard rock/AOR Zenith fez apenas um disco, ótimo para os fãs do estilo, cantado em português e ótimos riffs.
Lançado em 1989 pela Eldorado, o Zenith foi uma das pioneiras bandas a juntar o estilo com letras em português. Infelizmente eles pararam de tocar. Em 2008 fizeram uma reunião com três membros originais da banda, com alguns shows até 2009 e até então a banda continua apenas com este único registro.
E este registro tem uma história bem curiosa comigo. Morava em SP/SP. No Bairro de Santana na ZN havia uma banca de revistas e jornais estilo Sebo, com diversos vinis e fitas K7 à venda também. Procurando alguma coisa encontrei este vinil da banda Zenith por R$1,00. Resolvi comprar para conhecer e simplesmente pirei no som da banda. Neste texto, vou tirar duas informações de blogs externos que achei bem importante para completar a resenha deste maravilhoso disco. Sem demoras, vamos a ele, Zenith de 1989…
O disco vem com a abertura de Dama da Escuridão, um hard rock bem interessante com um riff marcante. O andamento é mais quadrado e direto, daquele rock sem frescura. “Que eu me perca em suas mãos, Dama da escuridão”… Um refrão pegajoso como só o Hard Rock pode fornecer.
Seguindo o disco, vem a canção mais famosa da banda, Doce Mãe. Doce mãe, prostituta, liberdade onde andará” é o que perguntava o refrão da canção. Afinal, quem é essa mãe que se prostitui? Do que fala essa música?
“A mãe é de todos nós”, declara o vocalista Rogério Nogueira, que acrescenta em tom jocoso “não é minha ou do Dé”. O simpático cantor alega que a “Doce Mãe” é uma metáfora sobre o Brasil na época da ditadura militar se valendo da letra original do hino nacional de base. “A Pátria Mãe era como uma prostituta que se vendia ao mundo, dava suas riquezas, seu domínio, por algumas moedas””. http://rockdissidente.blogspot.com.br/2015/08/zenith.html
Logo depois, vem a música Estrelas Foscas, onde fala-se de como a situação não muda com o passar dos tempos. “mudaram as moscas o resto ainda continua, estrelas foscas encontram-se atrás da lua”, canta o refrão.
A música ASAS fecha o lado A do disco, com uma mensagem bem auto ajuda, aquela coisa de levantar o astral, bem pra cima.
Para abrir o lado B, a banda escolheu Spotlight, originalmente “Change My Evil Ways” d’ A CHAVE DO SOL, em parceria de Dé com Beto Cruz. Uma ótima versão que virou polêmica na época do lançamento, pois não havia a informação no disco que era uma versão para a música d’A Chave.
Seguindo com Dia a Dia, um hardão com teclados bem presentes, e com Muros (riff ótimo, mais cadenciada a música) o disco vai se fechando de forma honrosa. Para finalizar este grande disco, a banda escolheu Curvas de um Rio, daqueles AOR bem na linha de Journey ou as mais lentas de Van Halen. Um disco obrigatório para os fãs do estilo. Imperdível.
Para acompanhar, vamos com uma Sauber Beer, cerveja da região de Mogi Mirim bem encorpada, uma cerveja familiar, criada em fundo de casa que foi crescendo e hoje é uma ótima cervejaria da região, com seu malte torrado e um certo peso no sabor, ela tem a peculiaridade da esposa do fabricante ser artista plástica e formar alguns rótulos da empresa.
Vale cada golada, com cada acorde do Zenith
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