Discos Escondidos #107: Ney Matogrosso – Seu Tipo (1979)

Chamar de escondido qualquer trabalho de um dos maiores intérpretes da história da música brasileira (na opinião deste que voz escrever o maior intérprete e também o maior cantor da história da MPB) é um desacato. Porém, seria ainda mais desrespeitoso com mais de 100 edições dessa coluna não trazer um disco de Ney Matogrosso. Uma das vozes mais notáveis da nossa música.

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Depois de sua saída do Secos & Molhados, Ney Matogrosso seguiu com uma discografia impecável na década de 1970. Com Água do Céu – Pássaro (1975), Bandido (1976), Pecado (1977), Feitiço (1978) e Seu Tipo (1979), o cantor conseguiu se desvencilhar, na medida do possível, da imagem de cantor de uma das mais icônicas bandas da época para se tornar um intérprete capaz de trilhar entre as canções de seus álbuns as mais variadas veredas musicais. Do rock ao samba-canção. Da música latina às baladas pop. Com direito a tudo o que existe no meio desses caminhos e sempre acompanhado de ótimos arranjos guiados pela sua inigualável voz.

Nesse disco que trazemos aqui essa semana, que tem seu nome tirado de uma canção poético-sacana (ou romântico-lasciva) de Eduardo Dusek, toda a pluralidade característica das obras solo de Ney Matogrosso se faz presente. Da atmosfera sexy entre pianos e metais da faixa-título e passando por, entre outros vários estilos, o choro de Cachorro Vira-Lata, Seu Tipo pode até não ser um álbum tão lembrado quanto outros da discografia de Ney Matogrosso, mas é sem dúvida um de seus álbuns essenciais por ser, como a esmagadora maioria de seus discos, um desfile de grandes canções.

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Do álbum, destaco as faixas: Seu Tipo, Dor Medonha, Último Drama, Ardente, Falando de Amor, Cachorro Vira-Lata, Me Rói e Tem Gente com Fome.

Sem mais delongas, Ney Matogrosso com Seu Tipo: